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Setor de tintas opera no vácuo das montadoras e obtém lucros
Luiz Federico
Do Diário do Grande ABC
07/12/2005 | 08:20
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O bom desempenho do setor automobilístico em 2005 possibilitou incremento de 8% no faturamento das empresas de tintas automotivas na comparação com o ano anterior. Levantamento feito pela Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas) destaca que o segmento está sendo o carro-chefe do setor, uma vez que a expectativa para os demais nichos atendidos pela indústria de tintas (imobiliárias, industriais e repintura) registram expansão menor, de 3%.

Em 2004, o faturamento total foi de R$ 3,2 bilhões, com um volume de produção de 913 milhões de litros. Para 2006, destaca o presidente da Abrafati, Dilson Lopes Ferreira, a expectativa é de melhora nas vendas, principalmente por conta dos incentivos provenientes da Medida Provisória 255, conhecida como MP do Bem, que isenta uma variedade de produtos do recolhimento do PIS e Cofins, algo que deve recair sobre a redução de preços dos produtos.

Revendo dados – “Nossa expectativa era crescer de 5% a 6% em 2005. Depois de um primeiro semestre fraco, revisamos para 4%”, disse Ferreira. Quando o IBGE divulgou a queda de 1,2% do PIB no terceiro trimestre, a Abrafati voltou a cortar a perspectiva de expansão da indústria, desta vez para 3%. Dos quatro segmentos que formam o setor, somente o de tintas automotivas sinaliza elevação das receitas, de R$ 232 milhões em 2004 para R$ 250 milhões este ano.

Este segmento acompanhou o ritmo de crescimento da indústria automobilística, que registrou 9,3% de aumento nas vendas no acumulado do ano. De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), foram comercializados 1,53 milhão de unidades nos 11 meses do ano. “Nós não crescemos no mesmo patamar porque os carros exportados não são pintados aqui. Outro ponto é que as tintas utilizadas pela indústria têm maior rendimento, o que resulta na aplicação de menos litros nos veículos”, explica o presidente da Abrafati.

Quanto aos demais segmentos, o de tintas imobiliárias, usadas na construção civil, e que é responsável por mais de 70% do faturamento da indústria, terá uma modesta expansão de 3%, contrastando com a previsão inicial de 6%. Em 2004, a receita obtida alcançou cerca de R$ 2 bilhões.




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