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Setor automobilístico tem o melhor novembro da história e revisa meta

Fabricantes estimam crescimento de 9,8% e
já falam em 3,450 milhões de unidades vendidas

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
07/12/2010 | 07:00
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Diante do desempenho favorável das vendas de veículos zero-quilômetro em novembro, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) revisou para cima suas projeções para o ano todo. A perspectiva agora é fechar 2010 com o total de 3,450 milhões de unidades (de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus) vendidas, 9,8% mais que em 2009. A estimativa anterior era vender 3,4 milhões.

Foram 328,5 mil veículos vendidos no mês passado, 8,3% mais que em outubro e o melhor resultado para novembro da história da indústria no País.

Com a performance positiva no mercado interno, o volume de produção também foi recorde: foram 321,1 mil unidades fabricadas, 10,1% acima do registrado no mesmo mês de 2009 e 1,6% mais que em outubro.

Com isso, as fabricantes seguiram contratando. Em novembro, foram mais 659 admissões. Atualmente, o segmento emprega diretamente 135.913 pessoas, a maior marca desde janeiro de 1991.

EXTERIOR - A alta na produção e a revisão das estimativas ocorrem apesar do desempenho ainda vacilante das exportações, que registraram queda de 9,8% no mês frente a outubro, ao somarem 68.065 unidades vendidas ao Exterior.

Nos primeiros 11 meses, as encomendas de veículos (716 mil unidades comercializadas) a outros países são 70% mais altas que em igual período de 2009, mas ainda estão abaixo do observado de janeiro a novembro de 2008 (691 mil unidades). Além disso, o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, ressalta que grande parte das vendas neste ano ao mercado internacional é de CKDs (veículos desmontados).

Ao mesmo tempo em que as exportações patinam, as importações de carros seguem em trajetória ascendente. Em novembro, chegaram a 20,2% de participação no mercado interno. Desde 2005, quando respondia por apenas 5,1% do total comercializado no País, o percentual de importados tem crescido, enquanto o embarque de veículos fabricados no Brasil, que respondia por 30,7% da produção há seis anos, hoje contribui com 16,3%.

PARA 2011 - A associação das montadoras divulgou ontem suas previsões para 2011. A expectativa do setor é acompanhar o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem e crescer 5,2%, chegando ao patamar de 3,630 milhões de unidades vendidas no Brasil. Com isso, deverá ser o quinto ano consecutivo de recorde nas vendas.

No entanto, as exportações devem cair 6%, passando de 780 mil unidades enviadas ao Exterior em 2010, para 730 mil. Para o presidente da Anfavea, o fortalecimento do real atrapalha e é preocupante, assim como o custo-Brasil (que inclui problemas de infraestrutura, carga tributárias elevadas e os reajustes de matéria-prima).




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