Turismo Titulo Praias
Pérolas do Litoral
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
29/04/2010 | 07:00
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Praias protegidas por rochedos, casarões luxuosos, cassinos, fortalezas e restaurantes à beira-mar descortinam-se diante dos olhos de quem parte de Lisboa rumo a Carcavelas, Estoril e Cascais, onde o Rio Tejo cede lugar à imensidão do Oceano Atlântico como a abrir alas para alguns dos recantos mais charmosos do litoral lusitano.

Foi de lá que, cinco séculos atrás, partiram os primeiros descobridores e regressaram as primeiras naus com tesouros da África, especiarias da Índia e ouro do Brasil. E a região ainda revela vocação nata para atrair esportistas e gente de dinheiro.

Além de servir de palco a corridas de Fórmula 1 e campeonatos de vela, o balneário de Estoril abriga o maior cassino da Europa e parte das mais belas casas da região. Também já funcionou como retiro de aristocratas exilados durante as convulsões políticas que abalaram o século 20 e foi centro de espionagem e da diplomacia secreta no decurso da Segunda Guerra Mundial.

Resultado: uma mistura de luxo, história e belas praias que deslumbram os olhos do turista a menos de 20 minutos de carro de Lisboa. Para completar, o cenário ainda é pontuado por uma infinidade de bares cosmopolitas, restaurantes requintados e esplanadas pra lá de animadas.

CASCAIS - Poucos quilômetros adiante, chega-se a outra pérola da costa Sul: Cascais. Ponto final de uma linha de trem que parte do Cais do Sodré, na Baixa de Lisboa.

Assim como Estoril, sua orla é pródiga em opções de atividades radicais (parapente, asa-delta, escalada, mountain bike, esportes náuticos e outras modalidades que bem revelam o perfil elitista da região, como equitação, polo, tênis, windsurfe e golfe.

Se não é o seu caso, aproveite a visita para conferir as propriedades terapêuticas das praias de Parede e Santo Amaro, acompanhar as técnicas tradicionais de pesca na orla dos Pescadores, deliciar-se com os temperos que fazem da região uma expert em mariscos, assistir ao espetáculo das águas que se chocam contra os rochedos da Boca do Inferno ou apenas ficar de papo pro ar tomando sol com toda a pompa a que o cenário dá direito.

Só não arrisque entrar no mar, pois a gelidez da água faz qualquer turista do Grande ABC sentir saudade do litoral paulista.

CABO DA ROCA - Por fim, siga até o Cabo da Roca com máquina fotográfica em punho para registrar o incrível pôr do sol no ponto mais ocidental da Europa, onde, segundo Camões, "a terra se acaba e o mar começa". Frase que se fosse dita por qualquer outro mortal seria provavelmente respondida com um sonoro "e daí?". Mas que lá, grafada na pedra que assinala o marco, ganha uma conotação toda especial...

Impossível não arriscar uma foto ao lado do monumento mesmo sabendo que todos rirão do seu cabelo esvoaçante - o vento lá é fortíssimo! Afinal, não é sempre que se pisa no ponto onde, tirando o arquipélago de Açores, nada mais se interpõe entre o Velho Continente e Nova York, do outro lado do Atlântico.

Mas se você tiver esquecido a máquina ou deixado a ventania derrubá-la penhasco abaixo, não se desespere: bem ao lado do farol, há um posto em que é possível adquirir um certificado nominal atestando que você passou por ali.




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