Chegou o Dia D (expressão que surgiu na Primeira Guerra Mundial para denotar uma decisão importante, um ataque ou uma operação deveriam ser iniciados) para Luiz Gonzaga Belluzzo. O presidente do Palmeiras será julgado hoje pela Segunda Comissão Disciplinar do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pelas declarações contra o árbitro Carlos Eugênio Simon na semana passada. Ele pode ser suspenso por até seis anos.

O dirigente chamou o juiz de "vigarista, safado e crápula" e ameaçou agredi-lo caso o encontre na rua, indignado com a atuação de Simon, que anulou um gol de Obina na derrota para o Fluminense (1 a 0).

O presidente Belluzzo foi enquadrado em seis artigos, com pena que varia entre 30 e 2.530 dias de suspensão do futebol.

"O tribunal foi generoso comigo, não foi? Mas estou bem tranquilo. Eles não podem me impedir de ir ao estádio de futebol e seguir com meu trabalho administrativo no Palmeiras. Eles deveriam é olhar as explicações do Simon, uma mais absurda do que a outra. Não vou fugir do que eu falei e vou assumir as consequências", afirmou Belluzzo.

No Verdão a torcida é para que Belluzzo tenha a mesma sorte do zagueiro Danilo e o goleiro Marcos, absolvidos ontem no STJD em julgamento no qual respondiam por prática de jogada violenta - artigo 254 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, com pena prevista de duas a seis partidas - nas expulsões contra o Corinthians.

Assim, a dupla pode ser escalada no jogo de amanhã contra o Grêmio, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre. A partida é decisiva para as pretensões do Verdão na reta final do Brasileiro.

Danilo foi denunciado após jogada violenta contra Jorge Henrique. Na ocasião, ele recebeu amarelo, mas o STJD decidiu analisar denúncia em prova de vídeo. Marcos havia sido expulsão após cometer pênalti em Jorge Henrique.