Apesar da febre dos alimentos orgânicos, quando o assunto é a famigerada culinária germânica, a palavra excesso vira mero eufemismo, não só pelas calorias mas principalmente pela variedade de ofertas. Só de cerveja há 5.000 rótulos diferentes, produzidos por 1.200 estabelecimentos.

A quantidade de massas e salsichas também impressiona, com mais de 300 opções de pães e bolos para o café da manhã, muitos pretzels, 550 fontes de água mineral e embutidos de todas as formas, espessuras, diâmetros e comprimentos que o turista imaginar. Tem salsicha fervida, frita, temperada, crua ou na versão bratwurst, feita com carnes de porco, vaca e às vezes vitela. Tudo, é claro, com muita mostarda.

Os mercados são um convite à gula, com menus versáteis que vão desde um peixe fresco com batatas até maçãs da terra (salgadas, cozidas ou em receitas de bolos do século 18). Mas as especialidades variam bastante conforme a região, indo desde a anchova defumada de Kiel até a salsicha branca com mostarda doce de Munique.

Depois da França, a Alemanha é o país com maior número de restaurantes estrelados no guia gastronômico Michelin 2008. Foram mais de 200 estabelecimentos premiados.

E embora a cerveja roube a cena, os vinhos alemães também são bastante apreciados, alguns mais secos, outros mais doces, mas todos sempre suaves e caprichados como pedem as papilas dos sommeliers.