Economia Titulo Ensino
Escolas agem por medo do desemprego
Por Do Diário do Grande ABC
07/02/2009 | 07:00
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Os mantenedores de escolas privadas no Grande ABC estão preocupados com as consequências da crise internacional em seus negócios. Os proprietários e controladores de escolas particulares temem que o nível de inadimplência na região suba demasiadamente com as dispensas continuadas de empregados pelas empresas de autopeças.

"O desemprego e a consequente inadimplência realmente são as duas maiores preocupações do setor neste momento", confirmou o vice presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), José Augusto de Mattos Lourenço.

Um levantamento realizado pelo Sieesp ao longo de 2008 apontou que a inadimplência nas cidades do Grande ABC (com exceção de Rio Grande da Serra) variou de 6,58% (em janeiro) até 13,09% (em novembro). "De acordo com o nosso levantamento, a média de inadimplência no ano ficou por volta de 10% no Grande ABC, porém uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas apontou uma média de 7,1% para o País inteiro", completa Lourenço.

O dirigente do Sieesp, que também é presidente da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino, explica que a saída natural para o caso seria uma reavaliação das mensalidades, mas essa solução foi descartada por um impedimento legal. "A legislação em vigor exige que o valor das mensalidades seja definido no máximo 45 dias antes do início das aulas. Portanto, a maioria das escolas definiu valores em meados de dezembro e não pode mais alterar anualidades ou semestralidades", explica Lourenço.

Pensando em todos os possíveis problemas para o setor, e em busca de uma estratégia para enfrentar uma crise, o sindicato promove, a partir de segunda-feira uma série de seminários com mantenedores de estabelecimentos em cidades do Interior, Litoral e a região da Grande São Paulo, incluindo a região do ABC.

 




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