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Começo fulminante não surpreende Vadão
Anderson Fattori
Especial para o Diário
25/01/2009 | 07:00
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Dois jogos e duas vitórias. O São Caetano tem o começo de campeonato que qualquer equipe desejava. Apesar de excelente retrospecto inicial, o técnico Vadão não quer saber de euforia e mais do que pés no chão, pede responsabilidade e trabalho duro aos seus jogadores.

"Ainda não ganhamos absolutamente nada. Claro que começar com duas vitórias anima bastante, mas não podemos deixar isso subir a cabeça. Tenho trabalhado muito nesse sentido com os jogadores. Assim como uma vitória não indica a perfeição, no momento em que perdemos não poderemos achar que está tudo errado. Temos que ir com calma", recomenda o experiente comandante.

Para Vadão o expressivo começo do Azulão no Campeonato Paulista não chega a surpreender. "Trabalhamos muito nesses dias para colocar em campo uma equipe bastante competitiva. Nesse começo de temporada existe muito discurso que falta tempo, a preparação não é adequada, mas não podemos usar isso como desculpa. Os jogadores estão correspondendo a tudo que estamos impondo e os resultados estão aparecendo", disse.

O meia Vandinho segue o mesmo raciocínio do técnico Vadão e elogia a entrega da equipe nos jogos e também nos treinamentos. "Colocar em prática tudo o que treinamos durante a semana. Conseguimos duas vitórias, mas ainda tem muito campeonato pela frente. Acho que aos poucos, vamos provar para os torcedores e para nós mesmos até onde podemos chegar nesse Paulista", analisou.

Vandinho é peça fundamental no esquema tático montado pelo técnico Vadão e ficou feliz por ter retornado bem depois de ter sofrido uma grave lesão no joelho. "Infelizmente não pude ajudar como gostaria na temporada passada. Vinha bem na Série B, mas me machuquei e fiquei fora da competição. Mas agora estou recuperado e pronto para ajudar o São Caetano no Campeonato Paulista", garante.

Grupo tenta assimilar o golpe da segunda derrota consecutiva
Nelson Cilo

O clima era compreensivelmente de muita tristeza nos vestiários do Santo André. O segundo tropeço consecutivo no Campeonato Paulista serviu para ligar o sinal de alerta no ambiente. Todos reconheciam que a equipe não pode mais perder nas próximas rodadas. O próximo desafio é a Ponte Preta, na terça-feira, às 20h30, no Bruno Daniel.

O volante Dirceu, que se contundiu logo no ínicio do clássico - sofreu uma fisgada na coxa direita -, acredita que o Santo André tem condições de se reabilitar depressa. "É só ver o nível dos reforços que vieram", afirmou. Segundo ele, o Estadual é uma disputa muito competitiva. "É um campeonato bastante equilibrado. É normal ganhar ou perder. Não podemos desanimar", sugeriu.

O ala-direito Alexandre parecia inconformado. O lateral entende que o Santo André não mostrou a necessária força para se impor ao São Caetano na casa do adversário. "Agora, basta. Se não reagirmos já diante da Ponte Preta, as dificuldades aumentarão", prevê.

O capitão Fernando, mais realista do que nunca, também entende que o Santo André não teve como escapar do resultado desfavorável. "Esperávamos outra coisa no começo da temporada. Diríamos que não mostramos o indispensável entrosamento na estreia e hoje (ontem), contra o São Caetano", observou. Enquanto isso, Marcelinho Carioca, de cabeça baixa, saiu apressado sem dar entrevistas.

Clássico no Anacleto Campanella tem público minúsculo

O maior clássico regional do Grande ABC mais uma vez decepcionou em presença de público. O estádio Anacleto Campanella, em São Caetano, parecia um campo neutro. A torcida andreense compareceu em número razoável, ocupando metade do espaço reservado para os visitantes. Já os torcedores da casa, mais uma vez, ficaram devendo. Nem mesmo a boa estréia diante do Marilia (vitória por 2 a 0) motivou os torcedores do Azulão.

O clima tenso prevaleceu durante todo o jogo. Os tradicionais gritos de ofensas contra o adversário foi o que mais se ouviu durante todo o jogo. Enquanto os andreenses tiravam uma casquinha pelo recém obtido acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro, os torcedores da casa aproveitavam para pegar no pé do meia Marcelinho Carioca.

Mas apesar do clima hostil, nenhuma ocorrência mais séria foi registrada nos arredores do estádio.




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