Economia Titulo Empregos temporários
Comércio deve efetivar apenas 3% dos funcionários temporários
24/01/2009 | 07:00
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Por causa da crise global, o comércio varejista brasileiro deverá contratar em definitivo, neste início de ano, apenas 3% do total de trabalhadores temporários recrutados no último trimestre de 2008.

A estimativa é da CDNL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas), que representa em torno de 2,5 milhões de estabelecimentos no País.

O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior, disse ontem que normalmente o setor absorve definitivamente no primeiro bimestre de cada ano cerca de 10% do contingente de temporários.

De acordo com Pellizzaro, o número de empregados temporários do comércio é variável a cada ano, o que não permite a antecipação de um dado absoluto preciso. "Em janeiro, há mais demissões no comércio, pois é quando 90% dos temporários são dispensados", explicou o presidente. Em fevereiro, normalmente o resultado volta a ficar positivo.

Caged - Pelos dados do Caged ( Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), em janeiro de 2008, o comércio dispensou 14 mil pessoas mais do que contratou. Mas, em fevereiro foram criadas 13,8 mil novas vagas. Com números diferentes, esse movimento se repetiu em vários anos anteriores. Se aplicada a queda porcentual estimada pela CNDL, as novas vagas de fevereiro ficariam em torno de apenas 4.000.

Segundo o presidente da CNDL, o resultado do Caged em dezembro de 2008 - que registrou no total o fechamento líquido de quase 655 mil empregos com carteira assinada - foi particularmente ruim para o comércio. "Foi a primeira vez em oito anos que o saldo líquido de empregos no comércio ficou negativo naquele mês", afirmou Pellizzaro. O cadastro do Ministério do Trabalho revelou que as demissões no setor de comércio superaram as contratações em 15,1 mil vagas.

 




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