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Vítima de paralisia cerebral não recebe remédios
Por André Vieira
Do Diário do Grande ABC
14/01/2009 | 07:00
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Sem condições de custear os 18 remédios de uso contínuo que Fernanda Simões da Silva, 7 anos, necessita, a família da criança ainda espera que a Prefeitura de São Bernardo atenda o pedido feito em novembro pela medicação, não disponível na rede pública.

Normalmente os pais de Fernanda recebem a cada três meses os remédios, e agora o pai da criança teme que não haja o suficiente para o mês.

"Algumas medicações eu só vou ter em estoque até o dia 22", diz o vigilante João Paulo Moreira da Silva, 30, morador do Jardim do Lago. "Com 9 meses, minha filha foi vítima de um erro médico e como sequela teve paralisia cerebral. Ela não anda, não fala e usa aparelhos ortopédicos."

Para poder retirar o coquetel, 45 dias antes de terminarem os remédios, a família precisa apresentar as receitas para a Secretaria de Saúde. O último pedido, para receber a medicação referente ao primeiro trimestre de 2009, foi realizado em 10 de novembro.

"Me disseram só para aguardar e não deram qualquer prazo. Disseram que a medicação pode chegar hoje ou só em 90 dias, mas quem tem necessidades especiais não pode esperar", afirmou aflito o vigilante, que está afastado de suas funções por problemas de saúde. Pelos cálculos de Silva, se tivesse que pagar pelos remédios necessários à filha teria de desembolsar cerca de R$ 6.000.

Procurada pelo Diário, a Prefeitura de São Bernardo não oferece data-limite para atender a família e informa que a nova equipe da secretaria de Saúde tomará as providências para a compra dos medicamentos o mais rápido possível. "Os remédios ainda serão licitados, pois constatou-se que não foi dado andamento ao processo na época da solicitação", respondeu em nota.




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