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Ônibus voltam a circular em Mauá após um dia de greve

Empresa Viação Cidade de Mauá garante a homologação das verbas rescisórias de 129 trabalhadores até segunda-feira

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
30/08/2014 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


O transtorno para os usuários do sistema de Transporte de Mauá teve fim no início da tarde de ontem, quando acabou a greve deflagrada por funcionários das empresas de ônibus municipais. O ato, que durou 24 horas, prejudicou a rotina de cerca de 100 mil passageiros que utilizam os coletivos diariamente. Ao longo da tarde, o serviço foi restabelecido.

A paralisação foi motivada, segundo a entidade de classe, pela falta de pagamento das verbas rescisórias aos trabalhadores da Viação Cidade de Mauá (que opera 17 linhas), que serão demitidos em razão da troca das concessionárias que atuam no município. No dia 15, a Prefeitura assinou o contrato com a Suzantur (que opera 32 linhas) e passará a ter exclusividade. Essa última empresa, no entanto, não teve como atuar durante a greve, já que a entrada do Terminal Rodoviário foi bloqueada.

Em assembleia realizada na manhã de ontem, na sede do Sintetra (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Grande ABC), em Santo André, a Viação Cidade de Mauá se comprometeu a pagar 50 homologações ainda ontem e as 79 restantes na segunda-feira.

O empresário Baltazar José de Souza e o presidente do sindicato, Francisco Mendes da Silva, o Chicão, não foram encontrados para falar sobre a decisão. No site do Sintetra, a entidade ressaltou que, “se a empresa novamente não cumprir com o acordo e não pagar devidamente seus funcionários, voltamos à paralisação.”

Na manhã de ontem, o movimento era tranquilo. Guardas-civis municipais e a Polícia Militar garantiam a segurança da região central.

Durante o tempo em que o município ficou sem ônibus, a população se virou como podia. A balconista Clécia Silva, 27 anos, teve de se esforçar para chegar à lanchonete em que trabalha. “Moro no Parque São Vicente e tive que pegar um ônibus até Santo André para tomar o trem e chegar a Mauá. Geralmente entro às 7h. Hoje (ontem), cheguei 7h30”, lamentou.

Transportes clandestinos como vans e carros de passeio cobravam R$ 3 pelo trajeto e disputavam passageiros. No ponto de táxi ao lado da estação ferroviária, uma fila se formava à espera de um carro. Esse foi o meio escolhido pelo engenheiro Candido Florêncio da Cruz, 44, para chegar ao trabalho no Sertãozinho. Apesar do contratempo, ele disse que a greve foi legítima. “Os trabalhadores têm o direito de reivindicar e, a única forma de fazer isso é prejudicar alguns.” 




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