Os sete novos vereadores de São Bernardo que foram empossados anteontem começam o mandato com os mesmos 13 assessores que os demais parlamentares.

Recém-eleito presidente da Câmara, Tião Mateus (PT) assegurou o limite de comissionados. "É necessário estender aos sete vereadores o mínimo de estrutura para que tenham condição de trabalho em seus gabinetes", disse o petista.

Com isso, a Câmara terá mais 91 funcionários de livre nomeação.

A folha salarial de cada um dos 28 gabinetes da Câmara chega a R$ 55 mil por mês. Com os sete novos gabinetes, chegará a a R$ 1,5 milhão ao mês no total.

A redução do número de funcionários do Legislativo movimentou os últimos meses da gestão de Hiroyuki Minami (PSDB), antecessor de Tião Mateus na chefia do Legislativo. O tucano apresentou projeto de reforma administrativa que visava aumentar o número de funcionários concursados da Casa, mas sem reduzir o número de comissionados. O tucano não avançou no dilaógo com os parlamentares, principalmente com a bancada do PT.

Mesmo assim, Minami protocolou o projeto. Desse modo, ele evita problemas futuros com o TCE (Tribunal de Contas do Estado), que orienta as Câmaras a terem mais funcionários contratados por concurso do que por livre provimento.

Tião Mateus afirma que está disposto a discutir o assunto com os 28 parlamentares, mas somente quando o Legislativo retomar as atividades, em 6 de fevereiro.

"Quem decidirá se haverá ou não reforma administrativa são os 28 vereadores, com o acompanhamento do departamento jurídico da Câmara", condicionou.

Além da reforma administrativa, Tião Mateus também pretende discutir com os parlamentares a abertura de concurso público para contratação de servidores para a Câmara , outro projeto de Minami que não vingou na legislatura passada.