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Itamar Schulle e atletas culpam arbitragem por revés
Por Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
21/10/2012 | 07:00
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Jogadores e comissão técnica do Santo André responsabilizaram o árbitro Paulo Schleich Volkopf pela derrota por 1 a 0 para o Duque de Caxias, ontem, resultado que agravou ainda mais a situação do clube na Série C.

O técnico Itamar Schulle foi menos ácido nas críticas, mas não poupou Volkopf. "Deu amarelo ao nosso jogador (Raul Diogo) por simulação e depois o expulsou em lance em que sequer houve falta. No início do segundo tempo, o atacante do Duque também simulou pênalti e ele não deu nada. Não entendo essa falta de coerência", afirmou o comandante.

O goleiro Marcelo Bonan foi mais enfático: "Os juízes vêm aqui e fazem o que querem e não tem pressão, porque a torcida não pode entrar no estádio. No jogo contra o Tupi deram um pênalti inexistente para eles e agora expulsaram um jogador nosso. Jogamos em casa sem torcida, o juiz vem aqui e nos rouba. Fora é só pressão."

Bonan disse não saber se os árbitros apitam os jogos do Santo André com má intenção. "Não sei se são ruins ou fazem de sacanagem. Mas tivemos dois pênaltis a nosso favor e ele não deu. Assim fica difícil, mas temos de ressaltar o empenho de todos que hoje, diante de todas as adversidades, correram e tentaram fazer o melhor pelo Santo André", disse o arqueiro andreense, que se segurou durante a entrevista e conteve as lágrimas.

Embora mais contido, o atacante Borebi também não poupou a arbitragem. "É lamentável ver isso tudo acontecendo e nada é feito contra os erros dos árbitros. Mais uma vez fomos prejudicados. Esses erros comprometem todo um trabalho e causam sérios problemas, porque temos família, que depende do nosso trabalho", comentou o atacante, visivelmente abatido, fato que ilustrou o ambiente nos bastidores do Estádio Bruno Daniel após o jogo.

 

Torcedores acreditam em milagre

Impedidos mais uma vez de acompanhar o time, torcedores lamentaram a já rotineira fase ruim do Santo André. Apesar do momento dramático, ainda acreditam em milagre para que o clube se mantenha na Série C do Brasileiro.

O presidente da Fúria Andreense, Renato Ramos, avalia que o declínio do Ramalhão teve início em 2008, quando o time conquistou o acesso para a Série A do Brasileiro, mas perdeu o diretor Sérgio do Prado, que se transferiu para o Palmeiras.

"Desde então, só houve erro de planejamento. Infelizmente, a diretoria do Santo André se deixou iludir pelo Muller (ex-atacante), que como dirigente não fez nada por onde passou. Ele só sabia jogar mesmo. Em 2009 voltamos para a Série B (do Brasileiro) e, em 2010, foi vice-Paulista por acaso, porque o Arini (Carlito Arini, ex-diretor de futebol) também não manjava nada. Foi pelos jogadores", desabafou.

Renato Ramos garante que mesmo com o momento delicado do clube no cenário nacional, no que depender da torcida o Ramalhão não ficará à deriva. "Nunca vivemos isso. Estamos muito tristes. Nunca vi o Santo André numa situação tão crítica. Mas vamos continuar na torcida e torcer por um milagre. Lamentamos também não haver diálogo entre a diretoria e a Administração Municipal em prol do time. Afinal, o Ramalhão defende o nome da cidade, carrega o brasão do município. Após o título da Copa do Brasil, em 2004, éramos lembrados pela cidade que derrotou o Flamengo na final. Hoje, é lamentável."

O torcedor - que coordenou carreata acompanhando o ônibus do time desde o hotel da concentração até o Bruno Daniel - lamentou mais uma vez a torcida ter de se contentar com muros e árvores para assistir o jogo de ontem.




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