Pré-candidato do PMDB ao governo do Estado, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, descarta o rótulo de terceira via. Para ele, polarização que se desenha no pleito será entre ele e o governador, Geraldo Alckmin (PSDB), que disputará a reeleição, e não entre o tucano e o pré-candidato petista, Alexandre Padilha.

“Há um costume tão grande de que a polarização ocorre entre PT e PSDB que parece que virou uma obrigação, mas é preciso analisar que essa não é a realidade”, disse.

Skaf defense sua tese com base nas últimas pesquisas eleitorais entre os postulantes ao comando do Palácio dos Bandeirantes. Em levantamento divulgado pelo Datafolha no fim do ano passado, Alckmin aparece com 43% da preferência dos eleitores. O peemedebista tem 19% das intenções de voto. Padilha figura com 4%, atrás do ex-prefeito da Capital Gilberto Kassab (PSD), com 8%.

O peemedebista avaliou que o cenário atual mostra que o eleitor está em busca de novas ideias para resolver os gargalos do Estado. “Na minha opinião, o grande debate desta eleição será a gestão (pública). O cidadão está cansado de pagar imposto e não ver o retorno disso. É preciso uma gestão eficiente no serviço público”, considerou Skaf.

O desafio do peemedebista na disputa eleitoral será popularizar seu nome frente à maioria do eleitorado. Na quinta-feira, o PMDB anunciou o apoio do Pros à sua pré-candidatura. A sigla discutiu adesão a Alckmin e Padilha, mas confirmou a aliança com Skaf, sob alegação de que a proposta do peemedebista se encaixa mais com os ideias da sigla.

Skaf segue negociando apoio de outras legendas, como o PSD de Kassab, situação que pode representar mais tempo de TV para o pré-candidato.