Desde o início da gestão verde, já são totalizadas 87 baixas de especialistas no setor de Saúde
Setor mais criticado do governo Lauro Michels (PV), a Secretaria de Saúde de Diadema perdeu mais dois médicos que pediram para deixar o quadro de servidores públicos. Desde que o verde assumiu a Prefeitura, em 1° de janeiro de 2013, já são 87 baixas de especialistas.
Contratados entre 2008 e 2011, Fabrício Farias Cardoso de Almeida e Renata Gabriela Montanari Fuzano tiveram o desligamento oficializado recentemente.
Quando Lauro assumiu o Paço, encontrou 570 clínicos na rede municipal, mas viu o crescimento nos pedidos de demissão de funcionários descontentes com a gestão do ex-prefeito e titular da Pasta de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB).
Para Lauro, a saída dos clínicos não é considerada problema, porque novos profissionais serão integrados à rede por meio de convênio com a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), que tem campus na cidade.
“Tem muito médico que não quer trabalhar, não se adequa à nossa política de humanização no atendimento e deixa a Prefeitura”, declarou o chefe do Executivo.
Apesar disso, as reclamações de munícipes sobre a falta de médicos é constante. O resultado foi o encerramento da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de pediatria do Hospital Municipal (agora o governo visa retomar atividades do local), redução no atendimento da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) do bairro Paineiras e na alteração no funcionamento de diversas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
Para a oposição, esse cenário pode levar o sistema de Saúde do município a um colapso. “A impressão que dá é que o governo está esperando a situação chegar ao fundo do poço para tomar uma atitude”, disse o líder da bancado do PT, Josa Queiroz.
O também petista José Antônio declarou que os recentes casos de demissões de médicos reforçam a necessidade de CPI da Saúde. “Seria uma forma de buscarmos soluções para um setor que está agonizando”, disse o parlamentar. Na quinta-feira, a maioria governista acolheu recurso apresentado por Atevaldo Leitão (PSDB), derrubando o pedido de averiguação, apresentado por Ricardo Yoshio (PRB).
A bancada petista protocolou outro requerimento e já conta com seis das sete assinaturas necessárias para instaurar a apuração.
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