Diarinho Titulo Na TV
Bastidores do Quintal

De segunda a sexta, elenco trabalha e se diverte
ao dar vida aos personagens do Quintal da Cultura

Bruna Gonçalves
26/01/2014 | 07:00
Compartilhar notícia
Marina Brandão


Ao assistir a um programa de TV, é comum ficar curioso para saber como é feito. Quem curte o Quintal da Cultura, da TV Cultura, vai descobrir agora o que rola nos bastidores da atração. O Diarinho conferiu de pertinho a gravação.

A espevitada Doroteia (Helena Ritto), o atrapalhado Ludovico (José Eduardo Rinnó) e o apaixonado por arte Osório (Jonathan Faria) comandam o programa. Foram supersimpáticos durante a entrevista. Falaram sobre o trabalho e como gostam do público. “O Quintal é uma grande brincadeira que traz lições, música e diversão”, diz Jonathan, 36 anos.

Mesmo na era da tecnologia, eles recebem muitas cartinhas dos fãs. “Desenham a gente e elogiam o programa. Fico muito feliz com esse carinho”, afirma José Eduardo, 35.

As gravações acontecem de segunda a sexta. Os atores chegam no início da tarde e vão direto para o camarim. “Mesmo maquiada, com roupa e peruca colorida, as crianças me reconhecem fora da TV (sem figurino de Doroteia). Dizem o que mais gostam da minha personagem”, conta Helena, 40.

Após a transformação, sobra tempo para revisar o texto que recebem com uma semana de antecedência. No estúdio, cerca de 15 profissionais aguardam o trio para iniciar a filmagem. Todos precisam ficar em silêncio. As câmeras captam qualquer ruído.

As primas Gabriella, 10, e Flávia Esposel, 3, de São Paulo, também acompanharam a gravação. “O cenário é diferente ao vivo”, diz Gabriella. Flávia ficou feliz ao conhecer Doroteia. “Ela é muito legal”, afirma a menina, que não largou Aninha, a boneca da personagem.

Saiba mais

O Quintal da Cultura é exibido de segunda a sexta, das 9h30 às11h30 e das 14h30 às 18h; aos sábados, das 8h45 às 11h.

Os quadros do programa falam sobre vários temas, como história do Brasil e do mundo, matemática, artes e livros.

O cenário é bem colorido, coberto por grama sintética. As bolas soltas pelo chão são de isopor revestidas por feltro.

A maquiagem do elenco começa às 13h50. Jonathan costuma ser o primeiro a chegar ao camarim para a preparação. A transformação supercolorida leva, em média, 40 minutos para ficar pronta. Em seguida, aparecem José Eduardo e Helena. Quando se reúnem, um curte pentelhar o outro até todos ficarem prontos, às 16h. Então, vestem o figurino e vão para o estúdio.

No estúdio, o elenco ensaia o roteiro antes de iniciar a gravação, que começa às 16h30 e termina às 20h. Os atores costumam refazer algumas cenas depois que erram falas. Quando a diretora não aprova o resultado, também gravam novamente. A cada pausa na filmagem, a equipe de maquiadores aparece para retocar o visual da turma.

Surgiu para divertir o público infantil

O Quintal da Cultura estreou em 18 de abril de 2011. Foi criado por causa da falta de atrações para o público infantil no período da tarde na TV. A ideia foi fazer programa com a presença de clowns, cujo cenário lembrasse espaço de brincadeiras.

“Pensamos em um quintal porque é lugar seguro, em que um adulto sempre está por perto e onde a criança tem contato com a natureza e pode aprender muito”, diz a diretora Bete Rodrigues.

A atração completa três anos em abril e terá novidades. Além de a turma aparecer em cenas curtinhas entre a exibição de desenhos, a direção estuda ainda criar seriado com o elenco com duração de 30 minutos por dia. Os personagens Teobaldo e Filomena não estão confirmados para a terceira temporada.

 

Bonecos também fazem parte da atração

Quelônio e Minhoquias também integram o elenco. Os bonecos – jabuti e minhoca – ganham vida pelas mãos do ator Jonathan, que também interpreta Osório.

Ele nunca tinha manipulado boneco antes. “No começo, era difícil ter boa coordenação ao segurar o personagem e olhar para o vídeo para ver se estava fazendo o movimento certo. Além disso, cansa e dói o braço.”

Minhoquias é tagarela e se acha a estrela do quintal. Quando a interpreta, Jonathan fica embaixo de uma caixa e usa apenas um dedo para mexê-la.

Já Quelônio é o mais velho da turma (tem mais de 100 anos). Com sotaque nordestino, adora cantar repente (mistura de poesia e música improvisada). Para fazê-lo, o ator senta embaixo do morrinho em que o jabuti fica.

Memorizar o tom de voz que usa em cada boneco é outro grande desafio. “Faço timbre diferente. Na hora, não posso esquecer nem misturar.”

 

Dos palcos do teatro para a TV

Com experiência no teatro, o Quintal da Cultura foi o primeiro trabalho na TV dos três atores. “A gente estreou ao vivo e melhoramos a cada dia. Tivemos de aprender sobre a parte técnica, a se posicionar em frente à câmera”, diz José Eduardo.

Para Helena, controlar o tom de voz e lidar com a falta da plateia foram os desafios. “No teatro falamos alto e no estúdio usamos microfone. Agora, a câmera é como se fosse o público, a criança.” Jonathan acredita que a união do elenco é muito importante para que o programa seja legal. “Um sempre ajuda o outro quando esquece o texto”, diz. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;