Por problemas burocráticos do governo federal, o lançamento do edital de licitação da Linha 18-Bronze do Metrô (Tamanduateí-Djalma Dutra), que seria feito hoje, ficou para o início da semana que vem.

Dos R$ 4 bilhões envolvidos no projeto liderado pelo governo do Estado, R$ 1,68 bilhão é oriundo do Palácio do Planalto. Mas o empenho do montante da União não teria sido feito a tempo, o que inviabilizou a oficialização da concorrência para contratação da empresa que construirá a linha do monotrilho da Capital ao Grande ABC.

Serão 13 estações, distribuídas em 14,9 quilômetros entre a Zona Leste de São Paulo, passando por São Caetano e Santo André, até chegar em São Bernardo. A estimativa é de que a obra fique pronta entre três e cinco anos. A Linha 18 terá capacidade para transportar 314 mil passageiros por dia.

O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, evitou entrar em dividida com o governo federal. Disse que faltou a assinatura da presidente Dilma Rousseff (PT) em alguns documentos, o que pode ter gerado problemas nos trâmites com a Caixa Econômica Federal.

“Soube que o lançamento do edital não poderia ocorrer no fim da tarde (de ontem). Meu pessoal chegou a ir para São Bernardo (onde seria o evento), para ver os detalhes. Mas não tenho muitas informações sobre o ocorrido. Essas questões ficam, neste momento, com a Secretaria de Planejamento, responsável pelas PPPs (Parcerias Público-Privadas). Parece que alguns documentos do governo federal não ficaram prontos em tempo hábil para habilitação da Caixa, pois não havia assinatura da presidente. Agora, fica para segunda ou terça-feira”, discorreu Jurandir Fernandes. “Mas não é nada que comprometa nosso planejamento”, completou.

Procurado, o Ministério das Cidades não respondeu.