Setecidades Titulo Segurança reforçada
Vendedores prometem baixar portas em caso de rolezinhos nos shoppings da região

Segurança já foi reforçada em centros comerciais de Sto.André e Mauá para eventos neste sábado

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
18/01/2014 | 07:02
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Vendedores de sobreaviso e seguranças em esquema forte de vigilância. Esse foi o cenário encontrado pela equipe do Diário nos dois shoppings da região onde jovens programaram para hoje a realização de rolezinhos: o Grand Plaza, em Santo André, e o Mauá Plaza.

Oficialmente, o horário de funcionamento e a rotina desses centros comerciais neste fim de semana estarão mantidos. Mas funcionários admitem que a ordem é para abaixar a portas das lojas em caso de tumulto.

“É algo determinado, até porque a franquia do Itaquera (shopping da Capital onde houve dois rolezinhos)</CF> sofreram danos”, disse o vendedor de uma loja de roupas de surf Diego Cunha, 26 anos.

Os comércios onde são vendidas as marcas mais cantadas nos versos controversos dos funkeiros são onde os funcionários estão mais temerosos. Como nas lojas especializadas em tênis.

“Se cinco quiserem entrar aqui, eles já levam tudo. Por isso vamos fechar. Aqui só trabalha mulher”, disse Janaína Ribeiro, 20, que trabalha em loja de calçados. “Dependemos, e muito, da atuação dos seguranças.”

A vigilância, conforme os próprios administradores anteciparam, foi reforçada. As praças de alimentação foram os locais onde houve maior concentração dos seguranças. No empreendimento andreense, oito deles andavam pelo local por volta das 16h. Uma hora depois, em Mauá, eram cinco, todos circulando constantemente pelas mesas.

“A expectativa é grande para amanhã (hoje). Acho sinceramente que não haverá nada, mas nós mesmos já percebemos que aumentou a circulação dos homens de terno”, brincou Robson Lino, 29, gerente de loja especializada em óculos.

Quem não está preocupado com a realização dos rolezinhos são justamente os clientes. A maioria dos entrevistados aprova a ideia de reunião dos jovens, com as ressalvas contra qualquer violência que possa vir a acontecer.

“Só não pode ter quebradeira. Mas, de resto, isso aqui também foi feito para eles curtirem”, disse a dona de casa Maria Casa Grande, 47.

Ontem, o MP (Ministério Público) de São Paulo anunciou que intermediará o diálogo com os shoppings para que sejam feitas iniciativas culturais e de lazer aos jovens de periferia. 




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