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Pimco reduz exposição em Brasil e vê queda do real
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11/12/2013 | 04:20
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Bill Gross, gestor do maior fundo de bônus do mundo e fundador da Pimco (Pacific Investment Management Co.), reduziu a exposição aos bônus do Brasil em novembro.

No comentário mensal do fundo Total Return, da Pimco, Gross disse que está "reduzindo o risco em Brasil e está posicionado para a depreciação do real". A preocupação de Gross é que os formuladores de política no Brasil não conseguirão alcançar a combinação correta de ferramentas da política fiscal e monetária para acelerar o crescimento econômico.

Os bônus de países desenvolvidos e que não utilizam o dólar permaneceram em 4% da carteira do fundo em novembro. Essa categoria inclui bônus soberanos vendidos por países da zona do euro, pelo Reino Unido e pelo Canadá. O fundo se tornou mais otimista com a Europa, particularmente com a Itália e a Espanha, informou Gross em comentário mensal.

Em relação aos EUA, a alocação do dinheiro em Treasuries caiu para 37% no fim do mês passado, em comparação com 38% em outubro, segundo dados compilados pelo Wall Street Journal com base nos relatórios mensais publicados no site da Pimco. O fundo Total Return gere US$ 244 bilhões.

A participação de Treasuries no portfólio do fundo em outubro foi a mais alta desde abril e representam a maior classe de ativos no fundo gerido por Gross.

Nos últimos meses, Gross aumentou a exposição em títulos da dívida de curto prazo ao mesmo tempo em que reduziu a participação em bônus de longo prazo. Os preços dos títulos de curto prazo devem continuar fortes guiados pela promessa do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) de manter as taxas de juros de curto prazo próximas a zero por um longo período.

Gross afirmou em comentário mensal publicado na noite de ontem que o fundo aumentou a concentração nos papéis com vencimento até cinco anos. A exposição a bônus indexados a hipotecas permaneceu em 34% e os bônus corporativos dos EUA continuaram com 10% da carteira.

O gestor lembrou que mesmo que o Fed comece a reduzir a compra de ativos em 2014, a política de juros baixos continuará em vigor nos EUA até que a taxa de desemprego caia para 6,5% e a inflação alcance a meta de 2%. Por isso, os ativos norte-americanos "devem fornecer baixos mas atrativos retornos defensivos", disse.

Segundo dados da Morningstar, o fundo Total Return mostrou estabilidade em novembro, mas ainda assim registrou um desempenho melhor que a referência Barclays U.S. Aggregate Bond Index, que perdeu 0,37% no mês passado. No ano, o fundo de Gross marca perdas de 1,39%, segundo dados compilados até a última segunda-feira, contra uma queda de 1,83% do índice de referência. Fonte: Dow Jones Newswires.




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