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Dupla acusada de matar criança boliviana é morta dentro de CDP

Ambos foram presos pelo latrocínio de menino de 5 anos na Capital, em junho

Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
31/08/2013 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Dois acusados de participar do assalto que terminou com o assassinato do garoto boliviano  Yanarico Capcha, 5 anos, em junho, na Zona Leste da Capital, foram encontrados mortos na tarde de ontem em cela do CDP (Centro de Detenção Provisória) de Santo André. Eles estavam detidos há apenas quatro dias no local.

A Delegacia de Homicídios da cidade investigará se Felipe dos Santos Lima, 18 anos, e Paulo Ricardo Martins, 19, foram envenenados ou asfixiados pelos outros detentos com quem dividiam a cela. Uma equipe do IML (Instituto Médico-Legal) da Capital foi chamada para ajudar nos exames para a elaboração do laudo. Os corpos não apresentavam sinais de violência.

O caso foi registrado no 4º DP (Jardim) e, segundo o relato, os detentos acionaram os agentes penitenciários quando a dupla já estava sem vida. O fato ocorreu justamente no momento em que a juíza corregedora de presídios da cidade, Milena Dias, fazia a sua visita mensal na unidade.

A Polícia Civil não descarta que a morte de Lima e Martins possa ter sido decidida em um tribunal do crime da facção criminosa que atua nos presídios paulistas, devido à brutalidade da morte do menino boliviano.

Em nota, a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) disse que instaurou procedimento apuratório preliminar e levará o caso para a corregedoria administrativa do sistema penitenciário, afim de ajudar no esclarecimento do caso.

Justamente por conta da repercussão do caso, a polícia manteve os dois detidos nas carceragens primeiro do 77º DP (Santa Cecília) e depois no 49º (São Mateus), ambos na Capital. Eles foram transferidos para Santo André por serem da cidade.

O CDP conta atualmente com 1.809 detentos em um espaço onde cabem 512. Ações do Ministério Público e Defensoria Pública pediam a remoção de pelo menos 40% deles por constatarem que eram presos já condenados pela Justiça, o que, em tese, evitaria o envolvimento dos provisórios com a facção. 




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