Márcio Bernardes Titulo
Empate com gosto de derrota

O Brasil, de novo, jogou muito mal. Falhas individuais, coletivas, técnicas e táticas

Por Especial para o Diário
12/07/2011 | 00:00
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Quando Fred marcou o gol de empate no Paraguai, aos 44 minutos do segundo tempo, o atacante comemorou muito, além da conta, com todos os companheiros. No banco de reservas os jogadores lembraram aqueles times pequenos que conseguem um heróico e salvador gol no último minuto contra um adversário mais forte.

O Brasil, de novo, jogou muito mal. Falhas individuais, coletivas, técnicas e táticas. Mano Menezes aparentava impotência para alterar o que parecia impossível. Só melhorou o semblante nos gols brasileiros.

O time precisa crescer muito. Entra como favorito contra Equador, mas se continuar com essa bolinha vai continuar decepcionando o torcedor.

Quem imaginaria que a Venezuela estaria em primeiro lugar no grupo do Brasil?

BAIXO NÍVEL TÉCNICO

Sem contar o jogo entre Argentina e Costa Rica (a coluna foi fechada antes), os números da Copa América são decepcionantes. Nos 12 jogos foram sete empates e cinco vitórias.

Entre os empates, três frustrantes 0 X 0, três 1 X 1 e o 2 X 2 de Brasil e Paraguai, que aliás, tornou-se o jogo com o maior número de gols da competição.

O nível técnico está muito baixo e decepcionante. Uma das razões é o cansaço dos jogadores que atuam na Europa. Terminaram a temporada, não tiveram férias e passaram a servir suas seleções.

Outra coisa que merece destaque é que os técnicos das principais equipes não estão se entendendo com seus atletas. Principalmente Brasil e Argentina, as duas maiores forças do continente, sofrem por seus próprios problemas e os equívocos do calendário.

SUCESSÃO

A próxima eleição no Corinthians, no final do ano, indica que dois candidatos vão brigar pelo trono de Andrés Sanchez, que pelo Estatuto do Clube, não poderá se reeleger: o delegado de polícia Mário Gobbi e o dono da Kalunga, Paulo Garcia.

Um grupo ligado a Sanchez quer mudar o Regulamento e forçar a continuidade da atual gestão. O presidente tem dito que não fica no cargo um minuto além do final do seu mandato. Até porque não quer se parecer o seu desafeto Juvenal Juvêncio, que rasgou o Estatuto do São Paulo.

Há quem diga que ele está fazendo charminho. Quer continuar, mas nos braços do povo, como sonhava Jânio Quadros. O problema é o desgaste político que isso vai custar. Muitas ações e conchavos são travados nos bastidores.

Márcio Bernardes é âncora da rede Transamérica de Rádio e professor universitário. www.marciobernardes.com.br




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