Política Titulo Eleição 2014
Pesquisa vai definir futuro
eleitoral de Luiz Marinho

PT irá encomendar avaliação para saber se petista
postulará o Estado, será senador ou ficará no ABC

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
27/05/2013 | 07:01
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Nario Barbosa/DGABC


Cotado para disputar o governo do Estado em 2014 pelo PT, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, terá seu papel desenhado na eleição do ano que vem por meio de pesquisa. Além da forte possibilidade de ser o nome petista para impedir a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Marinho é especulado para disputar uma cadeira no Senado.

O cenário indefinido fez com que o prefeito intensificasse a articulação para colocar seu vice, Frank Aguiar, em um partido aliado do petismo nas esferas nacional e estadual. No início do mês, Frank anunciou sua saída do PTB, que em 2014 vai caminhar ao lado de Alckmin. Seu destino mais provável é o PMDB. A estratégia é preparar o ex-petebista caso o prefeito tenha de assumir missões eleitorais em 2014.

Nesta semana, inclusive, Marinho se reuniu com dirigentes do PT de São Bernardo para tratar extraoficialmente sobre sua candidatura ao governo do Estado. Aos correligionários, disse que não tinha desejo de deixar a Prefeitura, mas salientou que seu projeto estava nas mãos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. Se ambos quisessem vê-lo como candidato, iria atendê-los.

Marinho é o favorito de Lula para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes, porém, o líder do petismo não quer colocar o apadrinhado num cenário de incerteza. Apesar de avaliar que a imagem de Alckmin está desgastada - até pelas duas décadas de gestões tucanas em São Paulo -, a alta cúpula petista ainda enxerga boa possibilidade de reeleição de Alckmin, principalmente porque o governador tem se movimentado para atrair amplo leque de aliados.

Nesta semana, por exemplo, Alckmin garantiu o ingresso do PRB, de Celso Russomanno, em seu primeiro escalão e pavimentou a aliança com os republicanos para o ano que vem. O PTB de Campos Machado também sinalizou apoio ao chefe do Executivo paulista.

Outra opção estudada no núcleo petista é lançar Marinho ao Senado. O planejamento traçado é colocar o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) para disputar uma cadeira na Câmara Federal e, assim, se tornar o puxador de votos do partido - com audaciosa meta de mais de 1,5 milhão de votos.

A análise da legenda é que Suplicy é o único capaz de turbinar a chapa de candidatos a deputado porque, no ano que vem, políticos tradicionais da sigla estão fora da disputa eleitoral, como José Dirceu, João Paulo Cunha e José Genoino, condenados pelo Mensalão, e José de Filippi Júnior e Jilmar Tatto, secretários do governo do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).

O plano ao Senado envolve ainda uma articulação com o ex-prefeito da Capital Gilberto Kassab, idealizador do PSD, sigla que acabou de ser agraciada com vaga no primeiro escalão de Dilma - o vice-governador Guilherme Afif Domingos foi nomeado como ministro da Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa. No petismo, há defensores da parceria com o PSD na corrida eleitoral ao Senado, com o PT indicando suplente na chapa de Kassab e o PSD apoiando Dilma e o candidato petista ao governo do Estado.




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