O Cisb (Centro de Pesquisa e Inovação Sueco-Brasileira), que tem sede em São Bernardo, está completando dois anos de existência e começa a colher frutos de suas atividades. Desde que foi inaugurado, o centro tem trabalhado como intermediador em atividades para a construção e estreitamento da rede de inovação aberta entre Brasil e Suécia em colaboração com empresas, universidades e órgãos públicos de financiamento.

Um exemplo dos resultados obtidos é o projeto desenvolvido no âmbito do programa Ciências Sem Fronteiras, do governo federal. Atualmente, oito pesquisadores brasileiros já fazem pós-doutorado ou estágio de doutorado naquele país, principalmente nas áreas de defesa e segurança, por meio dessa iniciativa. Já há uma nova chamada (edital), que foi encerrada no início deste mês, que deve levar mais dez para lá em breve. No site da entidade (www.cisb.org.br) é possível obter informações sobre como participar do processo para concorrer a bolsas de estudo na Suécia.

O centro também lidera o Collabora, programa que tem o objetivo de criar um ambiente de visualização para desenvolvimento e integração de soluções para defesa. Um dos grandes parceiros nessa iniciativa, que aguarda a aprovação oficial de recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), é a UFABC (Universidade Federal do ABC).

Outra ação é o desenvolvimento de um Centro de Cooperação das Cidades, que se destina a criar uma visão da cidade do futuro em horizonte de dez anos, em parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Saab e agência de Energia da Suécia. A fase piloto está sendo desenvolvida na Suécia e, em 2014, se estenderá para João Pessoa, na Paraíba. Segundo a presidente do Cisb, Alessandra Holmo, há a perspectiva de participação de pequenas e médias empresas brasileiras (inclusive do Grande ABC) de base tecnológica (de softwares, por exemplo) nesse projeto, que deverá, ser ampliada no futuro para outras regiões do País.

PARQUE TECNOLÓGICO - O Cisb é um dos fundadores do Parque Tecnológico de São Bernardo, que já tem estatuto e está na fase de captação de recursos e de definição do local de sua sede. "O parque tecnológico é um espaço neutro de criação, esse é o nosso mundo. Avaliamos a possibilidade de estar lá no futuro", diz Alessandra.