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Em prol do piso salarial
Por Leandro Laranjeira
Do Diário do Grande ABC
01/08/2006 | 08:14
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Os governáveis mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto defenderam nesta segunda-feira, durante encontro com sindicalistas promovido pela Força Sindical, a idéia de que São Paulo precisa ter um piso salarial estadual maior do que o salário mínimo nacional. O ex-prefeito José Serra (PSDB), o senador Aloizio Mercadante (PT) e o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) disseram conhecer os bônus e os ônus da implantação de um teto salarial maior para os trabalhadores paulistas, mas evitaram citar valores. A implantação de um salário mínimo estadual partiu dos próprios sindicalistas da Força Sindical, que também entregaram uma lista com nove sugestões aos candidatos que compareceram ao encontro para expor suas idéias.

“Não vou entrar em estimativa, em números, porque isso despertaria uma disputa maluca. A campanha viraria um torneio de bondades de quem pode dar mais”, explicou o tucano Serra. Segundo ele, a idéia já vem sendo trabalhada por sua equipe há mais de um mês. “Temos mais ou menos a moldura para falar com segurança (a respeito do assunto) durante a campanha. O projeto de lei que será enviado para a Assembléia Legislativa está praticamente feito, mas queremos arredondá-lo”, garantiu. Serra, que lidera as pesquisas em todo o Estado, afirmou ainda que o piso não será aplicado a trabalhadores cujo piso está definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo.

Mercadante, que segue em segundo lugar na preferência dos eleitores, também endossou a proposta dos sindicalistas. “Essa diferenciação ajuda a valorizar a remuneração dos trabalhadores”, avaliou. O petista explicou o motivo de ter votado contra a proposta de salário mínimo regional no Congresso. “Queriam acabar com o salário mínimo nacional. A Constituinte fez um esforço de unificá-lo e não vamos abrir mão. É fundamental manter o teto nacional”, ressaltou. “É necessário estipular pisos estaduais superiores ao salário mínimo. Não um salário mínimo para cada região”, concluiu.

Na avaliação do peemedebista Orestes Quércia, é preciso ter cautela na questão. “Às vezes, há uma crise e as pessoas têm dificuldades em pagar um salário mínimo maior”, relatou. Embora tenha enumerado mais problemas do que soluções, Quércia assegurou que São Paulo realmente precisa de um salário mínimo maior do que o do país. “Ainda não dá para estimar valor, mas com uma ação política acredito que podemos atender a reivindicação das lideranças sindicais com relação ao assunto”, garantiu.




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