Com as propostas aceitas, Golden Cross, Intermedice, Unihosp, Imasf e Classes Laboriosas voltaram imediatamente a atender os pacientes. Durante o boicote, os médicos credenciados suspenderam a aceitação de guias e para passar por consulta, o cliente tinha de pagar o valor cobrado pelo médico e depois negociar o reembolso junto à operadora. Atendimentos de urgência e emergência não sofreram retaliações. Os médicos reivindicam valor mínimo de R$ 42 por consulta e a implementação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos.
Para o presidente do Movimento Médico do Grande ABC, Romildo Gerbelli, os acertos mostram que o “movimento está consolidado e que a classe está mesmo disposta a lutar pelo piso mínimo previsto na classificação”. De acordo com ele, a Green Line (que também está na lista de operadoras boicotadas) também apresentou uma proposta. “Foi recusada porque estipulamos o mínimo de R$ 22 por consulta para iniciar a negociação.” A proposta da Green Line foi de aumentar de R$ 16,50 para R$ 18,50 o valor da consulta. Gerbelli acredita que na próxima semana pelo menos a Intermédica apresente seus novos valores.
Entre as operadoras que já estão fora do boicote, Intermedice e Imasf começam imediatamente a praticar os novos valores por consulta. “A Intermedice passou de R$ 13,50 para R$ 25 e o Imasf de R$ 18 e R$ 21,60 para R$ 25.” A partir de 1º de julho, passam a valer os novos valores para Unihosp, Classes Laboriosas e Golden Cross. Os novos valores serão de R$ 26, R$ 22,80 e R$ 30, respectivamente.
Quanto à implementação da classificação, as discussões devem ser retomadas em agosto. “Por ora, apenas com a Golden Cross está firmado o compromisso de a implementação entrar em vigor a partir de 1º de julho de 2005, para consultas e honorários”, explicou Gerbelli.
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