As caixas d’água da rua Jesus de Nazaré, no Jardim Cláudia, em São Bernardo, estão vazias desde o início deste ano. Os moradores reclamam que a água chega somente até o cavalete, o que os obriga a inventar engenhocas para driblar o problema.

Cansado de ligar para a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o comerciante Valdete Vitorino Batista, 54 anos, comprou uma bomba para levar a água que sai do cavalete para a caixa no alto do sobrado. “Encho um tonel e mando a água por bombeamento. Só assim posso usar o chuveiro e a descarga”, explica.

Sem condições de comprar uma bomba – que custa em média R$ 130 – para encher a caixa d’água, o jardineiro Luis Carlos da Silva, 34 anos, tem a torneira da pia da cozinha como única opção. O encanamento da cozinha tem ligação direta com a água da rua.

Sua vizinha, a dona-de-casa Leonor Paulina Ribeiro da Silva, 26, enfrenta o mesmo problema. “Como a bomba que levava a água para a caixa quebrou, tenho que subir com balde para a cozinha e lavanderia, que ficam na parte de cima da casa. Só conseguimos tomar banho porque o chuveiro fica no térreo”, conta.

O Superintendente da Unidade de Negócios Sul da Sabesp, José Luiz Salvadori Lorenzi, informou via assessoria de imprensa que a autarquia realiza estudos na região para detectar vazamentos não-visíveis. Quinta-feira, foi encontrado vazamento na rede que, segundo a Sabesp, será concertado nesta sexta-feira e deve solucionar o problema. Lorenzi também destaca que a grande quantidade de ligações clandestinas no bairro contribuem para a baixa pressão na rede.