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Justiça manda Caixa pagar salários de terceirizados
Luciele Velluto
Do Diário do Grande ABC
20/12/2007 | 08:21
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O Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados) conseguiu na Justiça do Trabalho uma liminar que obriga a Caixa Econômica Federal a pagar o salário de novembro dos digitadores terceirizados pela empresa Orbral.

De acordo com a entidade, os cerca de 500 trabalhadores da prestadora de serviço para o banco estatal no Estado de São Paulo devem receber R$ 400 (21 dias de trabalho) na próxima semana.

Segundo o diretor do sindicato José Humberto Henrique, a homologação será feita do dia 7 a 9 de janeiro. “Mas, com ressalva, pois é apenas para garantir a liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e do seguro-desemprego. Vamos ter que entrar com outra ação para conseguir as verbas rescisórias”, afirmou.

Contudo, a Caixa informou que vai recorrer da liminar, o que pode atrasar ainda mais o pagamento dos salários dos digitadores da Orbral. Ainda segundo o banco, o pagamento seria efetuado como depósito na conta dos trabalhadores, mas por conta da ação, o valor total ficou retido em juízo.

Manifestação - Quarta-feira, os funcionários terceirizados da prestadora de serviço fizeram um protesto na porta de uma das unidades administrativas da Caixa, na Capital.

Segundo alguns digitadores, a Caixa havia prometido fazer o pagamento até o dia 10 deste mês, o que não ocorreu. “Acreditamos que eles não querem pagar agora porque já tinha pagado em setembro e outubro e não querem criar vínculo empregatício com a gente”, comentou um dos trabalhadores.

Segundo os profissionais, na rescisão ainda precisa ser acertado a dívida de vale-transporte, FGTS e INSS, entre outros pontos.

No Grande ABC, cerca de 60 pessoas eram contratadas pela Orbral e prestavam serviço para a Caixa. Desde agosto, a empresa de terceirização começou a apresentar atrasos nos pagamentos de salários e benefícios.

Em novembro, a Caixa rompeu o contrato com a Orbral e os funcionários da prestadora de serviço ficaram sem receber os dias trabalhados em novembro, entre outros direitos da rescisão. No período, a empresa também fechou seu escritório na Capital, o que dificulta o processo trabalhista.




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