Armin Meiwes já começou a escrever suas memórias na prisão, dando detalhes sobre como matou, esquartejou e comeu uma vítima que, segundo ele, queria morrer, disse o advogado de defesa Harald Ermel, durante um intervalo do julgamento.
Ermel não comentou as informações de que um possível acordo de milhões de dólares estaria em jogo.
O advogado disse que a vítima, o engenheiro Bernd-Juergen Brandes, 43 anos, tinha um desejo de morte e teria escolhido outra pessoa para matá-lo e comê-lo se não tivesse conhecido Meiwes pela Internet.
Herald Ermel afirmou que a vítima havia entrado em contato com três prováveis assassinos nos Estados Unidos. Meiwes, um técnico de computador, é acusado de assassinato, o que leva à prisão perpétua, e de esquartejar o cadáver da vítima.
Armin Meiwes admitiu ter matado a vítima e, depois, comer pelo menos 20 quilos de sua carne. A defesa afirma que Meiwes é culpado, no máximo, de "matar por encomenda", o que rende uma pena máxima de cinco anos, já que o canibalismo não é crime na Alemanha.
No início da semana, a corte se reuniu para uma sessão a portas fechadas na qual assistiu ao vídeo da noite de 10 de março de 2001, em que Meiwes aparece praticando canibalismo, novamente com o aparente consentimento da vítima.
"Senti como se estivesse em um laboratório de patologia", disse uma oficial da corte nesta sexta-feira. Ela disse que todos se viram forçados a desviar os olhos em alguns momentos por causa do terrível realismo dos vídeos, exceto Meiwes, que sorria permanentemente.
O julgamento deve continuar nesta sexta-feira com a evidência de um toxicologista sobre a mistura de remédios contra a gripe, soníferos e whisky que Brandes tomou antes de sua morte.
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