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Beira-Rio vê invasão ‘estrangeira’ inédita
Das Agências
06/07/2005 | 09:10
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Desde 1980, o estádio Beira Rio, em Porto Alegre, não recebe uma final da Copa Libertadores, na ocasião, jogaram Internacional e Nacional do Uruguai. Nesta quarta-feira, a partir das 21h45 (com Globo e Sportv), o campo do Colorado volta a ser palco da decisão do principal torneio interclubes da América, mas com personagens bem diferentes daqueles que o torcedor gaúcho está acostumado a acompanhar. Em um território estranho para ambos, Atlético-PR e São Paulo dão o pontapé inicial de uma final de 180 minutos – os 90 minutos restantes serão disputados na próxima quinta-feira, no estádio do Morumbi.

Com a classificação do Furacão para a decisão da Libertadores, a troca de farpas entre dirigentes atleticanos e são-paulinos em razão da escolha do local da primeira partida tomou conta do noticiário das duas equipes. Os paranaenses levaram a pior e nem mesmo a construção de arquibancadas tubulares para aumentar a capacidade da Arena da Baixada para 40 mil torcedores foi capaz de manter o primeiro jogo em Curitiba.

Bastidores à parte, o São Paulo entra em campo como favorito, devido a sua tradição na Libertadores e a boa campanha deste ano. Ao contrário do adversário, que chega pela primeira vez à decisão, o time do Morumbi já venceu a competição duas vezes (1992 e 1993) e tenta manter a escrita de nunca ter perdido para times brasileiros em decisões continentais.

Paulo Autuori, campeão da Libertadores em 1996 pelo Cruzeiro, reconhece o peso da história num confronto como este, mas não acha que é fator determinante. "O que vale é ter um time mais acostumado a decisões. Mas a verdade do jogo se conhece em campo", afirmou.

É a primeira vez que dois times de um mesmo país decidem a Libertadores – até 1999, o regulamento não permitia –, mas já ocorreram 13 finais entre clubes de um mesmo país na América do Sul. Três delas com vitória do São Paulo: na Supercopa de 1993, contra o Flamengo, e nas Recopas de 1992 e 1993, diante de Cruzeiro e Botafogo, respectivamente.

E é justamente desde aquele ano que o Tricolor persegue o tricampeonato da Libertadores. Em 1994, perdeu a final para o Velez Sarsfield em pleno Morumbi. Ficou dez anos fora do torneio e, em 2004, sucumbiu nas semifinais. Agora, tem a chance de torna-se o primeiro e o único clube brasileiro a conquistar três vezes o principal torneio interclubes do continente.

Rogério Ceni é o único remanescente da Era Telê Santana, quando era reserva de Zetti. Hoje, suas palavras resumem o espírito são-paulino. "É um título que persigo na minha carreira, um objetivo que busco há muito tempo", disse.




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