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Coréia condena lançamento de satélites espiões pelo Japão
Do Diário OnLine
Com AFP
28/03/2003 | 10:13
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A Coréia do Norte classificou como um “ato hostil” o lançamento de satélites espiões por parte do Japão. O regime comunista disse que a iniciativa pode acelerar a corrida armamentista, segundo a agência de estatal de notícias KCNA.

O Japão lançou na manhã desta sexta-feira os dois primeiros satélites espiões de sua história, cuja missão, entre outras, será vigiar eventuais lançamentos de mísseis pela Coréia do Norte.

Um foguete H-2A, levando os dois satélites que serão colocados em órbita, "foi lançado às 10h27 local (22h27 Brasília)", anunciou Yoshihiro Nakamura, porta-voz da Agência Nacional de Desenvolvimento Espacial (NASDA).

As imagens transmitidas pela TV mostraram o foguete subindo e formando uma estrela de fumaça branca depois de decolar de sua rampa de lançamento, na ilha de Tanegashima, mil km a sudoeste de Tóquio. "O lançamento foi um êxito e poderemos anunciar o resultado da colocação em órbita dos satélites dentro de horas", disse Nakamura.

A Coréia do Norte disse que a colocação em órbita dos satélites espiões pelo Japão a autoriza a suspender a moratória assinada em 1999 sobre o lançamento de mísseis balísticos. "O lançamento de satélites priva o Japão de toda justificativa para evocar os lançamentos de satélites da RDPC", destacou a agência.

O regime norte-coreano causou temor no Japão ao fazer, em 1998, um primeiro disparo de míssil balístico que sobrevoou o arquipélago. Naquele momento, a Coréia do Norte afirmou que se tratava de uma tentativa de colocar em órbita um satélite. Em 1999, a Coréia decretou uma moratória sobre esse tipo de lançamento até 2003.

O Japão pretende lançar quatro satélites espiões este ano, a um custo de US$ 2,1 bilhões. Na semana passada, a Coréia do Norte advertiu ao Japão que poderia retomar os lançamentos de mísseis balísticos se Tóquio lançasse satélites espiões e participasse no projeto americano do escudo antimísseis.

Pyongyang declarou na última quarta-feira que o Japão se arriscava à "autodestruição". E acusou Tóquio de "alinhar-se com a política americana de pressionar a RDPC no plano militar" num momento em que os "Estados Unidos designam a Coréia do Norte como seu próximo alvo depois da guerra contra o Iraque".




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