Márcio Bernardes Titulo
Agora é a hora

A Seleção Brasileira não teve muito trabalho na fase de classificação desta Olimpíada

Especial para o Diário
04/08/2012 | 00:00
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A Seleção Brasileira não teve muito trabalho na fase de classificação desta Olimpíada. Venceu os três primeiros jogos sem dificuldades e vai enfrentar hoje Honduras pelas quartas de final, em Newcastle, como favorita.

O problema é que o jogo é eliminatório. Qualquer vacilo tira o grande favorito da competição. E cá entre nós, nossa defesa andou cometendo algumas falhas, reconhecidas pelos jogadores. O próprio treinador afirmou que os havia advertido para que esses lances não se repitam.

O Brasil precisa impor a maior categoria. Não se admite, em hipótese alguma, qualquer revés para Honduras. Além do adversário não ter grande time, a falta de tradição também não nos ameaça.

Ganhando o Brasil vai às semifinais. Se perder todo o trabalho desenvolvido por Mano Menezes cai por terra. Aliás, neste caso, até a própria permanência do treinador deverá ser colocada em discussão.

É melhor pensar com otimismo. Mas a realidade não pode ser descartada. O jogo só acaba quando termina.

Comentários olímpicos

Kobe Briant não está perdendo um minuto aqui em Londres. Diariamente treina ou joga pelo Dream Time norte-americano. No tempo livre tem ido às várias arenas olímpicas acompanhar preferencialmente partidas envolvendo equipes ou atletas de seu país. Ontem, abriu foi a Wimbledon ver Federer eliminar del Potro.

Com o bronze de Rafael Silva na categoria acima de 100 kg, o judô brasileiro bate recorde em Olimpíadas ganhando quatro medalhas. Além de Rafael, também subiram no pódio Sarah Menezes ( ouro), Mayra Aguiar e Felipe Katadai ( bronze). Uma pena foram as derrotas de Tiago Camilo e Leandro Guileiro.

A arena do vôlei de praia montada no Green Park, perto do Palácio de Buckigham, é desmontável. Tem capacidade para 12.000 espectadores e quando terminar a Olimpíada tudo será desmontado. Assim, parte do parque voltará a servir os londrinos. Atletas brasileiros afirmam que é bucólico e diferente jogar em um local tão especial.

Diminuíram as reclamações da imprensa e dos envolvidos nesta Olimpíada. Vai terminar a primeira semana de competições e as falhas constatadas no início não estão se repetindo. É importante que o grande grupo de brasileiros que trabalham na Rio-2016 anotem todas as falhas e ressaltem todos os acertos. O mundo vai ficar de olho no Rio daqui a quatro anos.

"Foi inesquecível".

Roger Federer, rodado e experimentado, após sua vitória sobre Juan Martin del Potro, jogo que durou 4 horas e 26 minutos.

"Agora é parar e pensar. Vamos ter de mexer muito e em tudo".

Hortência, diretora da CBB, depois do fracasso do basquete feminino aqui em Londres.

"Convidaram a gente para um evento da Rio-2016 e o presidente não aparece".

Jornalista brasileiro reclamando da ausência de Carlos Arthur Nuzman em reunião na Casa Brasil.

"Vamos ganhar duas medalhas na praia".

Ary Graça Filho, presidente da CBV, otimista com o vôlei de praia e nem tanto com o vôlei indoor.

Toque final

Somente quem gosta de tênis e acompanha de perto o esporte, sabe o quanto Maria Esther Bueno é reverenciada aqui em Wimbledon. A grande tenista brasileira, que até hoje bate sua bolinha no Clube Harmonia em São Paulo, é lembrada no All England Club com todas as merecidas honras.

Não é para menos. Além de ter sido a número um do mundo entre 1959 e 1962, é tricampeã de Wilmbledon, vencendo em 1959/1960 e 1964. Também foi pentacampeã de duplas em 1958/1960/ 1963/ 1965 e 1966.

Se não bastasse tantas conquistas fizeram para ela uma estátua no famoso Museu de Cera de Madame Tusseaud. O centenário templo do tênis inglês é um complexo de quadras que lembra muito os clubes brasileiros. Tirando a quadra central, toda imponente, com capacidade para 15 mil espectadores, as outras nem arquibancadas tem.

Aqui também tive a chance de poder acompanhar ao vivo, um dos maiores jogos da história do clube: Roger Federer e Juan Martin del Potro. Foram 4 horas e 16 minutos de uma disputa intensa, que terminou o terceiro e decisivo set com o placar de 19/17 para o suíço, finalista desta Olimpíada.

Márcio Bernardes é âncora da rede Transamérica de Rádio e professor universitário. www.marciobernardes.com.Br




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