O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) já está investindo no setor farmacêutico do país. O primeiro contrato do Profarma (Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica) foi assinado nesta terça-feira pelo presidente do banco, Carlos Lessa, o diretor da Área Industrial da instituição, Fábio Erber, o presidente da Libbs Farmacêutica Ltda, Alcebíades de Mendonça Athayde, e o diretor comercial da empresa, Alcebíades de Mendonça Athayde Júnior.

A Libbs tem um projeto de instalação de novo parque fabril em Embu, interior de São Paulo, no valor de R$ 48,5 milhões, dos quais o BNDES financiará R$ 16,9 milhões. O restante será aplicado com recursos próprios da empresa. Com as novas instalações, a empresa terá capacidade de fabricar 53,6 milhões de caixas de medicamentos. A produção atual é de 17,8 milhões de unidades anuais.

O gerente do Departamento de Químicas para a Saúde do BNDES, Pedro Palmeira, destacou o fato de o primeiro contrato ter sido firmado com uma empresa que também produz matéria-prima (fármacos) tanto para o consumo próprio, na produção de medicamentos, quanto para a venda, inclusive, no mercado externo.

"Essa empresa é o que consideramos um modelo de negócio perto do ideal para a indústria farmacêutica nacional. Produz cerca de 60% da sua necessidade de princípios ativos farmacêuticos e tomou essa decisão estratégica de não ficar dependente do mercado externo para os insumos farmacêuticos e das oscilações de mercado de câmbio", afirmou.

O Profarma foi lançado em maio de 2004, como parte da Política Industrial do governo federal.