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Barack Obama pode ser o primeiro presidente negro dos EUA
Da AFP
16/01/2007 | 16:23
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O senador Barack Obama, a nova estrela do partido democrata, deu nesta terça-feira o primeiro passo formal na tentativa de se tornar o primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Segundo o porta-voz Robert Gibbs, "o senador Obama apresentou hoje seus papéis à Comissão Federal Eleitoral.

Gibbs também afirmou que o anúncio formal da decisão será feito no dia 10 de fevereiro, no Estado de Illinois (norte).

Obama, 45 anos, senador desde 2004, é considerado um forte competidor da ex-primeira-dama Hillary Clinton, que pode anunciar em breve sua candidatura à vaga democrata para concorrer às eleições presidenciais.

Com suas habilidades retóricas e seu sorriso sedutor, Barack Obama é considerado um fenômeno ainda não visto na política americana desde John F. Kennedy, que chegou à presidência dos Estados Unidos em 1960.

Apresentando-se como a voz de uma nova geração, Obama é o filho de um homem negro queniano e de uma mulher branca americana. Ele se identifica como afro-americano, e é visto como tal pela maioria dos eleitores.

Obama, filho de pais separados, cresceu em dois lugares diferentes. Quando a mãe casou novamente, ele foi com ela para a Indonésia, onde viveu durante muitos anos. O senador revelou que viver na Indonésia lhe permitiu enxergar as desigualdades extremas entre pobres e ricos no mundo.

"Conscientizei-me das enormes diferenças de oportunidades que existem em muitos países do mundo. Soube quão pobres algumas pessoas podem ser, e percebi como a corrupção pode frustrar as oportunidades", afirmou.

Obama se formou em direito nas prestigiadas universidades de Columbia e Harvard, onde foi o primeiro negro americano a ocupar o cargo de presidente da influente publicação Harvard Law Review.

Ele iniciou a carreira política em Illinois (centro-oeste) como advogado especialista em direitos civis, candidatando-se ao senado dos Estados Unidos em 2004. Obama ficou conhecido em todo o país em meados de 2004, quando pronunciou um discurso considerado eletrizante na Convenção nacional democrata em Boston.

"Não existem Estados Unidos negros e Estados Unidos brancos, Estados Unidos latinos e Estados Unidos asiáticos. Somos um único povo, todos jurando fidelidade à bandeira estrelada, todos defendendo os Estados Unidos da América", exclamou então, arrancando os aplausos da multidão.

Quando ganhou um lugar no Senado, ele mostrou ser um legislador habilidoso, capaz de trabalhar com os membros dos dois partidos mantendo firme seu perfil de liberal moderado.




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