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USP começa a coletar água na Billings
Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
25/08/2007 | 07:26
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Está tudo pronto para o início dos testes da flotação do Rio Pinheiros, no próximo dia 31. O processo escolhido para despoluição e bombeamento da água para a Represa Billings já é acompanhado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo), que iniciaram a coleta do material para análise.

A qualidade do reservatório será fiscalizada em seis pontos: Pedreira, Cocaia, Taquacetuba, Captação da Sabesp no Taquacetuba, Rio Grande e Rio Pequeno. “Essas são as áreas mais representativas, onde está e entrada e a saída da água”, explica o engenheiro da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) Carlos Roberto Pereira.

As amostras serão coletadas e enviadas ao laboratório. Segundo o professor da Escola Politécnica da USP José Carlos Mierzwa, o trabalho visa identificar a presença de quase 200 nutrientes diferentes.

“Essa foi uma das exigências do Ministério Público para a liberação dos testes. Vamos verificar, por exemplo, a presença de nitrogênio, fósforo, compostos orgânicos e metais pesados em cada uma das amostras. Quando o bombeamento acontecer, poderemos comparar”, diz.

O promotor do Meio Ambiente do MPE (Ministério Público Estadual), José Eduardo Lutti, garante que resultados negativos interromperão os testes. “O acordo que firmamos estipula cláusulas de segurança. Os técnicos vão controlar a qualidade da Billings em tempo real. Foi por isso que mudamos de posição e liberamos o processo.”

Para o diretor da Emae, Antônio Bolognesi, nenhuma medida emergencial será necessária. “Esse sistema de tratamento permitirá que o rio tenha peixes novamente. A água bombeada terá qualidade. Isso não é nenhuma aventura tecnológica”, garante.

Os testes custarão R$ 24 milhões ao Estado. Os recursos estão previstos no programa de despoluição do Rio Pinheiros, de onde sai, por ano, cerca de 20 mil m³ de lixo.



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