Cerca de 500 trabalhadores da construção civil de São Caetano permanecem em greve. A paralisação começou segunda-feira (11) e já mobilizou 4.000 empregados. Os trabalhadores protestam por salários 10% mais altos.

Para Edson Bernardes, presidente do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil e Mobiliário ‘Solidariedade', a greve já atingiu resultados favoráveis. "Fechamos acordo com 33 empresas de São Caetano. Atualmente há cerca de 40 obras em andamento na cidade. As demais empreiteiras ainda estão negociando" destacou.

O dirigente explicou que as empresas aceitaram aumentar os salários, já que os prejuízos de obras paradas não compensam o desgaste. "Os pisos agora variam de R$788 a R$ 1.000. Antes da greve os valores não variavam mais que R$ 712 e R$ 855", explicou Bernardes.

Na manhã de hoje a entidade se reúne com o SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo). O sindicato patronal considerou estranha a paralisação.

Segundo o vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, o movimento não tem razão de ser, uma vez que o sindicato dos empregadores negocia normalmente com os sindicatos.

"Já assinamos a convenção coletiva com o Sintracon-SP, que reúne os trabalhadores da Capital, e esperamos firmar as convenções coletivas com os demais sindicatos em breve", afirmou Ishikawa.