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UE pede a árabes e israelenses que aproveitem a chance
Da AFP
01/04/2007 | 15:23
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A chanceler alemã e presidente da UE (União Européia), Angela Merkel, pediu aos países árabes e a Israel, neste domingo, em Jerusalém, que "aproveitem a verdadeira oportunidade de avançar no processo de paz no Oriente Médio".

"O mundo árabe está disposto a discutir sobre o conflito do Oriente Médio e suas soluções. Existe uma verdadeira oportunidade de avançar que nós temos que aproveitar", declarou Merkel na Universidade Hebraica de Jerusalém.

Merkel viajou este fim de semana à região para apoiar os esforços de reativação do processo de paz. Sábado visitou a Jordânia e este domingo foi a Israel, onde se reuniu com o primeiro-ministro Ehud Olmert.

"Vivemos um momento em que se nota que algo está mudando. É uma porte para a esperança", declarou Merkel referindo-se à formação de um governo de unidade palestino.

Depois do encontro com Olmert, Merkel esteve em Ramallah, na Cisjordânia, para conversar com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.

Conforme disse em entrevista à imprensa após a reunião, Abbas afirmou à Merkel, que o programa político do gabinete de união responde às exigências da comunidade internacional e espera que Israel aceite a iniciativa árabe de paz.

"A Autoridade Palestina rejeita a violência, respeita os acordos assinados pela OLP (Organização para a Libertação da Palestina) e aplica o cessar-fogo com Israel", garantiu Abbas.

Além disso, a Autoridade palestina "trabalha com todas as partes para libertar o soldado israelense Gilad Shalit (capturado em junho nas proximidades de Gaza) em troca da libertação dos prisioneiros palestinos detidos por israelenses", acrescentou.

Na entrevista, Merkel repetiu a posição do Quarteto (EUA, UE, Rússia e ONU) que deseja o reconhecimento explícito do direito à existência do Estado de Israel para retomar uma cooperação total com o novo governo.

O presidente palestino também destacou que discutiu com Merkel os "meios mais adequados para relançar o processo de paz, em particular no dia seguinte aos resultados da cúpula de Riad", que reativou a iniciativa do processo de paz

Esta iniciativa, já adotada em 2002 durante uma cúpula da Liga Árabe, prevê uma normalização das relações do mundo árabe com Israel em troca da retirada israelense dos territórios árabes ocupados desde 1967.

Israel viu elementos positivos neste plano, mas o recusou por causa da espinhosa questão do direito ao retorno dos refugiados palestinos.

"Estamos esperando uma resposta positiva do governo israelense que possa ajudar os esforços árabes a relançar o processo de paz porque a iniciativa árabe é "absolutamente equilibrada", acrescentou Abbas, destacando porém que ela não será emendada como solicitado pelo Estado hebreu.




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