O Hospital Maria Braido, o primeiro hospital municipal de São Caetano foi inaugurado oficialmente sábado na rua São Paulo (Santa Paula), mas só começará a funcionar parcialmente a partir do dia 5 de abril. Anexo ao Hospital Infantil e Maternidade Márcia Braido, cuja ampliação foi inaugurada em outubro passado, a construção do prédio de cinco pavimentos durou cinco anos e consumiu R$ 13 milhões em obras e equipamentos.

O Maria Braido terá 60 leitos comuns e 8 de UTI (unidade de terapia intensiva) e será o primeiro da região com setor de geriatria. “Iniciaremos o atendimento com o serviço ambulatorial (clínica médica e cirurgia). Já no dia 10, deverão entrar em operação os sistemas de diagnósticos por imagens e internações”, disse o diretor técnico do hospital, Reinaldo Salmazo.

Todas as internações serão feitas por uma central de agendamento. Caberá às UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e ao PS (Pronto-Socorro) municipal encaminhar os pacientes. “Só não serão feitas cirurgias de média e alta complexidade, como as cardíacas e neurocirurgias. Continuaremos a ter como referência o Hospital Estadual Mario Covas, em Santo André”, disse o diretor de Saúde do município, José Auricchio Júnior. “Mas teremos capacidade para completar (se houver demanda) 90 leitos.”

A inauguração permite a dispensa de 40 leitos alugados no Hospital Central. E, no PS municipal, no bairro Santa Paula, que está em reforma, 28 leitos “serão destinados para observação durante 24 horas”, informou Salmazo.

O fim da reforma do PS será adiado de abril para junho, segundo o prefeito Luiz Olinto Tortorello. “Ampliamos as modificações na unidade e o orçamento inicial, de R$ 400 mil, deve ultrapassar R$ 1 milhão.” Enquanto isso, o atendimento continuará a ser feito no PS do Hospital Nossa Senhora de Fátima (Beneficência Portuguesa), na rua Rio de Janeiro. “O serviço está indo bem lá. O aluguel também é barato, custa R$ 10 mil para a Prefeitura.”

Tortorello anunciou também a entrega em um mês de um centro municipal de atendimento odontológico, na rua Lourdes, bairro São José. “As obras estão atrasadas. Quando iniciar o atendimento, terá três turnos, com 18 profissionais por equipe. A maioria dos dentistas, que ficavam nas outras unidades, atenderão neste local. Teremos, inclusive, serviço de ortodontia”, informou.

Excursão – A solenidade tumultuou as ruas próximas. A festa reuniu, além de Tortorello, políticos, representantes da saúde pública e o ex-prefeito Walter Braido. O público – incluindo estudantes de escolas públicas e grupos de terceira idade – lotou o estacionamento para 80 veículos, que será administrado pela Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Moradores faziam fila para conhecer as alas do prédio.

Para o funcionário público estadual Marcel Munhoz, 35 anos, e sua mulher, a enfermeira Giovana Munhoz, 29 anos, o novo hospital deverá agilizar o atendimento dos pacientes. “É importante que o centro diagnóstico esteja aqui dentro. Não será necessário transferir os pacientes para outros lugares”, afirmou ela. A costureira aposentada Maria do Socorro Pereira Nóbrega, 65 anos, e sua filha, a auxiliar de escritório Jordânia Pereira Nóbrega, 33, também acreditam que o hospital terá um atendimento rápido. “A saúde é a área principal para nós”, disse Jordânia.