A dona de casa Terezinha Figueiredo Pereira, 68 anos, nao quer que se repita o que aconteceu recentemente no Jabaquara, em Sao Paulo, quando dois garotos entraram numa área da Sabesp, nadaram no reservatório e foram sugados pela pressao da água.
Na ocasiao, as casas que eram servidas pelo reservatório ficaram por dois dias sem água até que o Corpo de Bombeiros encontrasse os corpos dos garotos e os técnicos da Sabesp limpassem a rede de abastecimento.
Segundo ela, nao é impossível que uma tragédia como aquela se repita. Em Sao Caetano, explica a dona de casa, a tampa do reservatório pode ser facilmente removida. "Só um cadeado prende a tampa. Qualquer um pode quebrá-lo e entrar no reservatório. É até uma piada manter um cadeado no portao, sendo que logo ao lado o muro está quebrado", afirmou Terezinha.
A assessoria de imprensa da Sabesp informou que é muito remota a possibilidade de alguém conseguir remover o cadeado e levantar a tampa do reservatória, que é composta de material pesado, retirado somente com a ajuda de equipamentos apropriados.
O aposentado Marcondes Vidotto, 73 anos, aponta outro motivo para a falta de segurança. Segundo ele, apenas um guarda permanece no local durante o dia. A noite nao há vigilantes na área. "Se durante o dia já é fácil qualquer um entrar no terreno da Sabesp, imagine à noite", acrescentou Vidotto.
Segurança em estudo - A assessoria de imprensa da Sabesp informou que formas de se reforçar a segurança do local já estao em estudo, o que inclui a reconstruçao do muro.
Atualmente, segundo a assessoria, um vigia permanece na área por um período de oito horas (durante o dia).
No restante do dia, a segurança é feita de quatro em quatro horas, quando um vigilante - que percorre diversos locais - passa pela área para checar se nao existe nenhum problema.
O estudo de novos sistemas de segurança também prevê a permanência de um vigia 24 horas no local. Segundo a assessoria de imprensa, as medidas devem ser implementadas a curto prazo.
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