O Cruzeiro alcançou projeção nacional ao superar o maior desafio que uma equipe poderia encarar durante a década de 60. Em 1966, após duas célebres partidas, o time mineiro conquistou a Taça Brasil diante do Santos, então a maior equipe do planeta, e em pleno Pacaembu. A geração de ouro conduzida por Tostão e integrada, entre outros, pelo goleiro Raul e o volante Wilson Piazza, instalava o Cruzeiro entre os grandes do futebol nacional.

Mas até que alcançasse o primeiro título de Brasileiro, a Raposa viu o rival Atlético Mineiro ganhar a primeira edição, em 1971, e ainda teve de suportar as derrotas em finais para Vasco (1974), Inter-RS(1975) e Corinthians (1998). O consolo, nada desprezível, foi conseguir as Libertadores de 1976 e 1997, embora tenha perdido as decisões do Mundial Interclubes para os alemães Bayern de Munique e Borussia Dortmund, respectivamente.

A equipe conquistou também duas Supercopas da Libertadores em 1991 e 1992, além de quatro edições da Copa do Brasil. Falta, porém, um Mundial, seja o do jogo único do Japão ou, quem sabe, da segunda edição da Fifa, em 2005.

Time, o Cruzeiro provou em 2003 que possui de sobra, se comparado com a maioria dos adversários sul-americanos. Aliás, o que se tornou marca registrada na história cruzeirense, fundado por operários de descendência italiana como Società Sportiva Palestra Itália a 2 de janeiro de 1921, mas forçado a mudar a denominação em 1942 por causa da Segunda Grande Guerra Mundial.