Ao colocar em dúvida a presença do garoto Cesinha ou do veterano Da Guia na zaga do Santo André para substituir Thiago Matias (suspenso) contra o XV de Jaú, às 16h de domingo, no Interior, o técnico Fahel Júnior mostra, na prática, que não concede nenhum privilégio na hora de escalar o líder da Série A-2 do Campeonato Paulista.

Cesinha, apenas 21 anos, era o titular do Santo André no Estadual do ano passado. Na mesma temporada, também segurou a posição até a reta final da Série B do Campeonato Brasileiro. Nas últimas cinco rodadas, porém, o grandalhão de 1,85m perdeu a vaga. “Não fiquei chateado. Ao contrário, nunca parei de trabalhar sério para recuperar o meu espaço. Se o professor (Fahel Júnior) me der outra chance, vou provar que tenho condições de vestir a nossa camisa”, garante Cesinha, que se agora se considera amadurecido.

Cesinha reconhece que, aos poucos, aprimora o estilo de quem antes não conseguia controlar a ansiedade. “Eu entrava meio desajeitado nas divididas. Hoje, estou muito mais equilibrado”, supõe o zagueiro, que prefere atuar pela direita na sobra. “É assim que me saio melhor. É o meu estilo”, conta.

O polivante Da Guia, 35, é uma espécie de fiel porta-voz de Fahel, que o vê como um dos principais líderes do grupo dentro ou fora de campo. Depois de se recuperar de contusão no tornozelo, Da Guia batalha demais – como sempre – na expectativa de reconquistar o espaço perdido temporariamente no dia em se machucou. “Seja lá quem for o escolhido, vamos voltar para arrebentar”, avisa Da Guia, que não carrega sentimentos de rivalidade em relação aos companheiros. Segundo ele, o que importa, nas atuais circunstâncias, é fortalecer a corrente positiva que caracteriza o elenco na regularíssima campanha do acesso . “Estamos na liderança. Aí está um bom motivo para que a gente se una muito mais e mantenha o astral elevado. Nosso alvo é subir”, reafirma.