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Corinthians e Palmeiras não saem do zero na primeira decisão

Jogo fraco deixa os times em condição de igualdade para duelo de sábado, no Allianz

Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
06/08/2020 | 00:03
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Rodrigo Corsi/FPF


Certa vez, há muitos anos, Vanderlei Luxemburgo disse que “o medo de perder tira a vontade de ganhar”. E tal frase pode ilustrar até certo ponto a primeira partida da final do Campeonato Paulista entre Corinthians e Palmeiras, ontem à noite, na Arena de Itaquera. O placar de 0 a 0 reflete uma partida que, apesar da grande expectativa gerada, não teve equipes tão inspiradas e que pareciam com receio de se expor para não carregar desvantagem para o segundo e decisivo confronto, sábado, às 16h30, no Allianz Parque.

Se nos jogos pós-paralisação o Timão havia conquistado quatro vitórias, inclusive sobre o Verdão, ontem – até por ser mandante – esperava-se mais do time. Do outro lado, o endinheirado alviverde também deixou a desejar.

O goleiro Weverton foi o melhor jogador do primeiro tempo. Ou seja, isso mostra duas coisas: a ineficiência ofensiva do Palmeiras e as brechas encontradas pelo Corinthians para chegar até o gol adversário. O duelo começou um tanto quanto respeitoso, com as equipes se estudando e as marcações bem encaixadas. Vanderlei Luxemburgo orientou que sua equipe adiantasse as linhas e sufocasse a saída de bola corintiana. Mas os comandados de Tiago Nunes souberam bem como se desvencilhar dessa situação.

Aos poucos, o Timão tentou manter mais posse de bola e, aos 27 minutos da etapa inicial, Luan encontrou Ramiro entrando pelas costas de Gustavo Gómez – Matías Viña dava condições –, saiu frente a frente com Weverton, mas finalizou sem muita força e facilitou para o goleiro palmeirense.
Pouco tempo depois, aos 30, o arqueiro campeão olímpico mostrou toda sua capacidade e elasticidade ao saltar no canto direito inferior e salvar voleio de Mateus Vital que tinha endereço certo para abrir o placar.

O Palmeiras insistia em tentar jogar pela direita, com Rony, mas Carlos Augusto levou a melhor sobre o alviverde na maioria das vezes. No meio dos zagueiros, Luiz Adriano quase não apareceu. E Ramires só não saiu de campo sem ser notado porque foi dele a melhor oportunidade do Verdão, aos 46, mas chutou por cima.
A segunda etapa começou em ritmo alucinante, dando a falsa expectativa de que as equipes buscariam mais o gol. Gabriel Menino, pelo lado do Palmeiras, foi quem teve a melhor chance, mas acertou a rede pelo lado de fora. Bruno Henrique, em cobrança de falta, parou em Cássio. No mais, todo aquele ímpeto inicial não prosperou. Excesso de erros de passes, ansiedade e até certo nervosismo. Os técnicos até tentaram mexer nos times, em busca de dar novos ânimos. Mas a morosidade permaneceu até o apito final.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 0 X 0 PALMEIRAS

CORINTHIANS - Cássio, Fagner, Gil, Danilo Avelar e Carlos; Gabriel, Éderson (Cantillo) e Ramiro; Luan (Araos), Mateus Vital (Léo Natel) e Jô. Técnico: Tiago Nunes.

PALMEIRAS - Weverton, Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Viña; Patrick de Paula, Gabriel Menino (Raphael Veiga) e Ramires (Bruno Henrique); Zè Rafael (Scarpa), Rony (Angulo) e Luiz Adriano (Willian). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

ÁRBITRO - Raphael Claus.

CARTÕES AMARELOS - Mateus Vital, Rony, Jô, Danilo Avelar e Ramiro

LOCAL - Arena Corinthians, em São Paulo.




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