Setecidades Titulo
Crianças viram mãe ser executada em chacina
Por Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
09/06/2005 | 07:53
Compartilhar notícia


Quatro crianças viram sua mãe ser executada durante a chacina ocorrida nesta terça à noite no Recreio da Borda de Campo, em Santo André. As crianças foram preservadas pelo assassino, que também matou outras duas pessoas.

Foram executados a mãe, Célia Aparecida Justi, 35 anos, o namorado dela, Antônio Valentim da Silva, 18, e a empregada doméstica que morava com eles, Tatiane Bassoto Peres Lima, 18. Célia estava grávida de dois meses.

As crianças, de 3, 5, 7 e 9 anos, e as três vítimas estavam dentro do Celta com placa dublê de São Paulo. Silva e Célia iriam levar as crianças para cortar o cabelo.

A chacina ocorreu às 18h30 perto da residência onde moravam, na esquina das ruas Lobo Guará e Onça Pintada. Segundo vizinhos, o casal, a empregada e as crianças saíram de casa no carro e desceram a rua Lobo Guará.

No cruzamento com a rua Onça Pintada, encontraram dois homens. Pelo menos um deles era conhecido do grupo, pois o motorista, Silva, parou o Celta para falar com eles.

Depois de conversarem por alguns instantes, um dos dois assaltantes sacou uma pistola e atirou contra os adultos. Os tiros pegaram no rosto das vítimas. Silva ainda tentou dirigir de volta à residência. No entanto, após subir alguns metros, o motorista supostamente perdeu a consciência. O carro voltou de ré e capotou.

O Resgate do Corpo de Bombeiros foi chamado por um vizinho. Ao chegarem no local, viram as crianças e as conduziram até um posto da corporação. Horas depois, um cunhado de Célia foi buscá-las.

“Ficamos espantados com o que ocorreu. Moravam aqui só há dois meses e poucos vizinhos tinham contato com eles”, disse um morador do local.

A polícia acredita que o crime tenha sido motivado por vingança. Além de estarem com um veículo irregular, com placa clonada, Célia possuía dois documentos de identidade com a mesma foto, um com seus dados corretos e outro em nome de Fabiana Fischer Garcia. Ela também tinha passagem por receptação.

O marido de Célia, que trabalhava como taxista, foi assassinado há três meses em Santo André por desavenças pessoais, segundo os vizinhos. Ninguém foi preso. Depois disso, a mulher passou a morar com Silva na casa alugada localizada a poucos metros da chacina. O aluguel era de R$ 250. Segundo vizinhos, ela tinha uma pequena loja de roupas em Diadema.

A investigação está a cargo da Delegacia de Homicídios de Santo André. “Temos diversas pistas e acho que não vamos demorar para prender o autor dessa chacina”, afirmou o delegado responsávelo pelo caso, Roberto Borges.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;