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Frio aquece busca por tratamento facial na região
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
17/06/2010 | 07:06
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Se no verão a palavra de ordem é cuidar do corpo, as temperaturas mais baixas do outono e inverno fazem com que as clínicas de estética mudem o foco, trazendo à tona as preocupações com cuidados faciais. Neste período, aumenta em até 42% a procura por procedimentos que são desaconselháveis em outras estações por conta do sol forte.

"Com o frio, as pessoas não se expõem tanto, usam roupas mais cobertas e o rosto se torna a principal preocupação. Laser, pelling são procedimentos muito indicados no inverno porque se você tomar sol, pode manchar a pele", afirma a diretora da rede Onodera, que possui cerca de 50 centros espalhados no País, Lucy Onodera.

Apesar do inverno aumentar nas clínicas o uso de laser para redução de pelos, rejuvenescimento e atenuação de manchas na pele, os centros são unânimes ao dizer que isso não significa lucro maior. "Chega o verão, estamos no céu, é maravilhoso e no inverno, cai muito. Fazemos promoções para manter o atendimento estável e aumentar a procura pelo facial", pontua Loide Santos, consultora de estética na Onodera Santo André.

Outro serviço que tem procura mais forte nessa época, devido às baixas temperaturas, são as hidratações. A esteticista do centro Anna Pegova Paris, Telma Hitomi Konishi midore Kawa, alega que a demanda por esses tratamentos sobe cerca de 30% no período.

Segundo as clínicas, a busca eterna pela beleza têm se fortalecido nos últimos três anos, o que amplia a gama de clientes. "Temos sete anos só nessa unidade. Hoje, são homens, mulheres, adolescentes, pessoas de idade. A beleza hoje é algo importante para todos", pontua a gerente da clínica estética NewSun Liffe, de Santo André, Elaine Cristina Gomes.

Para aproveitar o bom momento e atingir todos os públicos, os tratamentos variam de R$ 70 até R$ 1.500 na região.

NOVO PÚBLICO
Com a ampliação do poder de compra nos últimos meses, a classe C tornou-se alvo das clínicas, que têm optado por parcelar procedimentos para aumentar o acesso da nova classe média aos tratamentos de estética. "Todos se preocupam com a beleza e, mesmo quem não quer dividir o pagamento, guarda dinheiro e procura uma clínica para bancar o tratamento", completa Lucy.

 

 

 

 


Profissionais liberais têm mais dificuldade em atrair clientes

Com a queda na procura por serviços ligados à estética corporal, os profissionais liberais da área têm mais dificuldades em atrair clientes neste período. Para evitar queda nos ganhos, eles apostam em promoções e fidelização dos clientes.

"Tenho de manter meus frequentadores habituais, então dou descontos, mas ainda assim, perco 50% do movimento", avalia a esteticista de Santo André Meire Maria Ferreira de Andrade, que aposta nos tratamentos de mãos e pés para não perder lucros.

Em Mauá, Cacilda de Souza Gomes se desdobra, atendendo em três locais para continuar com a mesma faixa de renda. "Também ampliei muito os procedimentos que atendo. Comecei só com estética corporal, agora faço facial também. Nesse período, o pelling de diamante é o que mais tem procura", conclui.




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