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Paula Toller volta solo
Por Dojival Filho
Do Diário do Grande ABC
17/01/2008 | 07:00
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Musa do rock new wave brasileiro nos anos 1980, compositora de hits e intérprete amadurecida pela prática e a paixão pelo ofício. Em 25 anos de carreira, a vocalista do grupo Kid Abelha, Paula Toller, expôs ao grande público todas essas facetas.

No próximo fim de semana (dias 19 e 20), ela retorna ao palco do Citibank Hall, em São Paulo, para mostrar o repertório de seu segundo CD solo, Sónós. Os ingressos vão de R$ 60 a R$ 150. Lançado em 2007, o disco tem uma sonoridade influenciada pelo jazz, a bossa nova e o folk.

Durante o show, não devem faltar canções como Meu Amor Se Mudou pra Lua e À Noite Sonhei Contigo, além de músicas do primeiro disco da cantora, Paula Toller, gravado em 1998. Há também espaço para releituras de 1.800 Colinas, da sambista Beth Carvalho, e Saúde, da veterana roqueira Rita Lee.

No palco, Paula divide os holofotes com o grupo de apoio formado por Adal Fonseca (bateria e percussão), Jorge Aílton (baixo e backing vocal) e Jam da Silva (percussão e backing vocal). A banda conta ainda com os multi instrumentistas Caio Fonseca (piano, teclados, violão e backing vocal) e Coringa (guitarra, violão, bandolim e backing vocal).

Em entrevista concedida por e-mail ao Diário, ela fala sobre o novo trabalho, a dobradinha musical com o ex-guitarrista do Legião Urbana, Dado Villa-Lobos, e o futuro do Kid Abelha, que está em recesso por tempo indeterminado.

Paula Toller – Show. Dias 19, às 22h; e 20, às 20h. No Citibank Hall – av. Jamaris, 213, São Paulo. Tel.: 6846-6040. Ingr.: de R$ 60 a R$ 150.

DIÁRIO – Seu novo CD, Sónós, conta com as participações de diversos músicos nacionais e estrangeiros. Como surgiu a idéia de trocar experiências com artistas internacionais, como o cantor norte-americano Donavon Frankenreiter e o canadense Rufus Wainwright?

PAULA TOLLERMinha terra é a música e minha casa é o palco. Qualquer um que viva essa experiência é meu patrício. Foi impressionante como, uma vez emitido o sinal de fumaça, responderam vários artistas muito bons.

DIÁRIO – O disco foi lançado nos Estados Unidos, no Canadá e em diversos países da Europa, como Inglaterra, Suíça, Irlanda e Portugal. Você pretende fazer shows de divulgação nesses lugares?

PAULA Pretendo viajar agora para divulgar e marcar alguns shows por lá. Será mais um novo começo entre tantos que estou vivendo.

DIÁRIO – Além das músicas de seus dois discos, o show conta com algumas releituras, entre elas a de Saúde, da cantora Rita Lee. Como você escolheu as versões que fariam parte do repertório das apresentações?

 

PAULASão músicas que dialogam com as do meu disco. Saúde está junto com Pane de Maravilha e Eu Quero Ir pra Rua, que falam sobre as paranóias urbanas. A Rita está no meu DNA e não poderia faltar.

 

DIÁRIO – Como foi trabalhar com seu marido, o cineasta Lui Farias, que também assina a direção de arte do show?

PAULA Além de cineasta, o Lui é arquiteto, e dividiu a direção de arte e cenografia com o artista plástico Afonso Tostes. Os dois estavam muito afinados com o conceito do disco e as minhas idéias para o show, de criar um ambiente íntimo e trazer a platéia para dentro do palco. Daí os espelhos convexos retrovisores, desses de rua.

DIÁRIO – Saindo um pouquinho das questões sobre o show e o novo disco, como foi compor o tema do longa-metragem infanto-juvenil Os Porralokinhas, dirigido pelo Lui? Aliás, o ex-guitarrista do Legião Urbana, Dado Villa-Lobos, responsável pela direção musical do filme, é seu parceiro freqüente. Como é trabalhar e compor com ele?

PAULA – Eu e o Dado temos uma amizade pessoal, familiar, e uma cumplicidade muito grande pela história paralela que vivemos com nossas bandas. As trilhas dele para cinema são fabulosas, e ficou muito legal o que ele fez com a música O Bicho Pegou, uma mistura de rap, Os Saltimbancos e hino de desenho japonês.

DIÁRIO – Você costuma ouvir músicas antigas que gravou? Quando olha para trás, como avalia sua maneira de cantar nos anos 1980, início da carreira?

PAULAComecei com estilo próprio e isso atraiu as pessoas, independentemente da técnica. Técnica a gente aprende, estilo você tem ou não tem. Não ouço as coisas antigas porque só presto atenção nos defeitos (risos).

DIÁRIO – Existe alguma previsão de retorno do Kid Abelha aos palcos?

PAULA Estamos conversando, mas ainda não há nada definido.

DIÁRIO – Vocês pensam em seguir o exemplo de outros colegas de geração, como Titãs e Barão Vermelho, que lançaram biografias?

PAULA Temos muito material fotográfico bom, talvez uma fotobiografia.



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