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Aguilar reinaugura Pinacoteca do Estado
Por Mario Gioia
Da Redaçao
28/11/1999 | 17:52
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O artista plástico José Roberto Aguilar, 58 anos, lança nesta terça-feira para convidados (e na quarta-feira para o público) a exposiçao de telas e o livro Tantra Coisa - Insights de um Voyeur, reinaugurando o prédio da Pinacoteca do Estado, no Parque do Ibirapuera, em Sao Paulo.

Aguilar resume a sua trajetória artística com a mostra, reunindo elementos de videoarte, pintura, performance e poesia em um projeto multimídia. "Fiz um hino para o corpo e para a multiplicaçao dos seres, depois de falar sobre a gênese e sobre o olhar de Deus", afirma ele.

Tantra Coisa encerra a trilogia do artista iniciada com A Criaçao do Mundo e do Tempo, exibida no MAM-SP (Museu de Arte Moderna de Sao Paulo), em abril de 1996, e que continuou com Ossos e Asas, exposta no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, em Sao Paulo, dois anos depois.

O também multimídia Arnaldo Antunes acredita que o artista plástico tenha alcançado um ponto de equilíbrio na sua obra. "Aguilar chega agora a uma nova encruzilhada-síntese dos diversos meios por onde a imagem corre. Onde matéria e realidade virtual se alimentam mutuamente, abrindo territórios e repertórios virgens, a serem explorados", escreve ele no livro.

As 29 telas, em grande escala (1,65 m x 2,20 m), resultam de um processo no qual as linguagens específicas de cada tipo de arte se cruzam e mudam suas características.

Trabalho - Inicialmente, os atores Celso Sim, Odara Carvalho, Cibele Forjaz e Camila Mota foram flagrados pela câmera de vídeo de Aguilar, com um fundo branco.

Após isso, ele pintou os corpos dos modelos, que espalharam as tintas neles próprios e mutuamente, com a câmera de vídeo registrando os movimentos, expressoes e jogos das pessoas.

A imagem em vídeo é impressa de forma digital e manejada por computador, para ser posteriormente modificada com novas camadas de pintura por Aguilar.

"As misturas de cores simulam efeitos eletrônicos de luz. Ao mesmo tempo, o mouse ou a câmera ganham características orgânicas em sua atuaçao. E assim vao surgindo essas imagens ao mesmo tempo táteis e evanescentes, concisamente amarradas pela presença do corpo", ressalta Antunes no livro.




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