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Imune aos escândalos
19/09/2010 | 07:09
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A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, refutou ontem ligação entre sua campanha e as constantes denúncias de irregularidades na Casa Civil, pasta que ela comandou até deixar o cargo para disputar as eleições.

Dilma afirmou que não tomou conhecimento de novas denúncias publicadas na edição desta semana da revista Veja, que apontam possíveis irregularidades contra o marido da sua sucessora, Erenice Guerra, bem como o pagamento de propina a funcionários da pasta para a licitação de compra do Tamiflu, remédio utilizado no combate à H1N1.

"Acredito que todas as denúncias, apesar de não ter tido acesso a essa reportagem, têm de ser apuradas e investigadas, e que as pessoas culpadas têm de ser drasticamente punidas", disse. "Eu tenho histórico de vida pública, jamais permiti, jamais abriguei práticas ilegais nas minhas proximidades e não faria isso na minha campanha", completou a ex-ministra, que esteve em Campinas, onde participou de comício ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do candidato ao governo de São Paulo Aloizio Mercadante (PT).

Indagada se as denúncias contra Erenice Guerra afetam a sua campanha, Dilma disse que em 25 anos de vida pública nunca teve uma conta sequer rejeitada. "Nunca, em tempo algum, tive qualquer tipo de suspeita de

irregularidade", afirmou. E arrematou: "Não vou admitir que por conta do processo eleitoral joguem suspeita sobre a minha conduta, a minha campanha ou os meus atos públicos. Tenho clareza que sou servidora pública e neste processo tive comportamento adequado."

Dilma evitou criticar a postura da sua sucessora no cargo e disse que não fará pré-julgamentos em relação às denúncias contra a ex-ministra Erenice Guerra, elogiando-a. "Enquanto trabalhou comigo mostrou muita capacidade, muita competência e idoneidade; qualquer ato que a desabone tem que ser provado e não vice-versa. Então eu aguardo e não faço pré-julgamento, afirmou.

A presidenciável admitiu ter sido informada por Erenice durante a semana de que ela deixaria o cargo. "Ela avisou que iria pedir demissão e eu disse que ficava a cargo dela", concluiu a petista, que ontem tomou café da manhã em hotel de Campinas com o ator porto-riquenho Benicio Del Toro. "Ele é muito bonito", admirou-se.




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