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PF intima vereadores de Mauá a deporem sobre a Trato Feito

Cinco são chamados a falar sobre acusação de receberem Mensalinho; braço direto de Atila é convocado

Por Júnior Carvalho
Raphael Rocha
Do dgabc.com.br
28/09/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A PF (Polícia Federal) intimou cinco dos 23 vereadores de Mauá a prestarem esclarecimentos sobre as acusações no âmbito da Operação Trato Feito, deflagrada em dezembro do ano passado e que culminou com a segunda prisão do prefeito Atila Jacomussi (PSB).

A investigação apura apontamento da própria PF de que quase que a totalidade dos parlamentares integrava organização criminosa e recebia espécie de Mensalinho de Atila em troca de apoio político na Câmara – todos negam.

A intimação, assinada no dia 20 pela delegada Melissa Maximino Pastor, responsável pela operação, convoca os parlamentares “na qualidade de investigados”. São eles: Cincinato Freire e Fernando Rubinelli (ambos do PDT); Ricardinho da Enfermagem (PTB); Professor Betinho e Sinvaldo Carteiro (ambos do DC).

No despacho, a delegada cita que outros dez parlamentares já foram ouvidos: Admir Jacomussi (PRP), pai de Atila; Chiquinho do Zaíra (Avante); Melão (Cidadania); Ivan Stella (Avante); Gil Miranda (Republicanos), Tchacabum (PRP); Pastor José (PSDB); Irmão Ozelito (SD); Samuel Enfermeiro (PSB); e Bodinho (PRP).

A delegada pede que, em relação a esses últimos parlamentares, seja aberto prazo de dez dias para que apresentem, “caso queiram”, sua defesa, por meio de petição por escrito. O documento deixa claro que os fatos são relacionados aos crimes a eles imputados na época em que foi deflagrada a Trato Feito.

Em janeiro deste ano, a PF informou ao Diário que tanto Atila quanto 21 dos 23 vereadores, mais um suplente, haviam sido indiciados por corrupção ativa, passiva e participação em organização criminosa. No documento assinado por Melissa na semana retrasada, a delegada alerta que os parlamentares “poderão vir a serem indiciados ao fim das investigações”. O Diário entrou em contato com a Polícia Federal na tarde de ontem para esclarecer os motivos da intimação e questionar se existem fatos novos para que parlamentares sejam novamente indiciados. A PF, porém, não respondeu aos questionamentos.

OUTROS NOMES - Além de cinco parlamentares, a PF também intimou o presidente do PSB mauaense, Israel Aleixo, o Bell, que é braço direito de Atila e que deve assumir a chefia de Gabinete na atual gestão do socialista. Ao Diário, Bell afirmou que não foi notificado da intimação e que só se manifestará assim que tomar conhecimento dos fatos.

Rubinelli também alegou não ter sido avisado sobre a intimação. O Diário não localizou os demais investigados. A intimação abrange ainda dez empresários donos de prestadoras de serviços do Paço e o ex-secretário João Gaspar (PCdoB, Governo). 




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