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BB pode captar até R$ 7 bi com ações em Nova York
19/09/2009 | 07:00
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A decisão do governo que autoriza o BB (Banco do Brasil) a emitir recibos de ações ordinárias (ON) na Bolsa de Valores de Nova York pode gerar um reforço no caixa da instituição de R$ 7 bilhões. A medida amplia de 12,5% para 20% o limite de participação de estrangeiros no capital do BB.

A estratégia de atrair capital externo para o BB foi autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de decreto presidencial publicado no Diário Oficial. Trata-se de reforço de caixa significativo só comparável à capitalização de cerca de R$ 8 bilhões feita durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

A decisão de ampliar a fatia dos estrangeiros no BB foi adotada porque os dirigentes do banco constataram a resistência dos investidores para novas aplicações no banco. Isso estava acontecendo porque essa participação não poderia ultrapassar 12,5 % do capital e, atualmente, já estava em 11%, o que corresponde a participação estrangeira de R$ 8,2 bilhões.

Para chegar aos 12,5% o reforço de capital somaria apenas mais R$ 1 bilhão, valor pouco significativo para atrair investidores institucionais, como fundos de pensão e fundos soberanos de outros países.

A legislação de alguns países proíbe a compra de ações direta na Bovespa. Ou seja, só podem comprar títulos referenciados em dólares, no exterior. Por isso, a decisão de lançar as chamadas ADRs (American Depositary Receipts), na Bolsa de Nova York.

O diretor de Relações com Investidores do BB, Marco Geovanne Tobias da Silva, informou que a instituição ainda não definiu o prazo e o volume de listagem dos ADRs. "Não é possível saber o valor total porque dependerá da demanda e da decisão dos investidores estrangeiros", disse. Tobias explicou que a instituição já detinha, desde o governo Fernando Henrique Cardoso, autorização para a listagem desses recibos, mas com lastro em papéis preferenciais (PN).

Como o banco entrou no Novo Mercado, que exige a circulação apenas de ações ordinárias, era necessária nova autorização.




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