Cultura & Lazer Titulo Música
Hoje é dia de rock

Comemorado hoje, gênero musical conta com diversos shows na região, inclusive beneficentes

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
13/07/2019 | 07:06
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Pati Patah/Divulgação


No dia 13 de julho de 1985, o mundo acompanhou a realização do Live Aid, concerto beneficente com várias bandas de rock que tinha como meta levantar fundos para combater a crise humanitária na Etiópia. A partir de então, a data foi escolhida para celebrar o gênero musical. E o Grande ABC, reconhecido nacionalmente como celeiro do rock – onde surgiram nomes como MX, DZK, Subviventes e o guitarrista do Sepultura Andreas Kisser –, conta com várias opções para comemorar a data.

Hoje a agenda conta com show da banda andreense V.o.i.c.e.s, que sobe ao palco do Gambalaia Espaço de Artes e Convivência (Rua das Monções, 1.018), em Santo André. Além de celebrar a data, o grupo toca por uma razão para lá de especial, ajudar o mauaense Renato Nazuto, 5 anos, que passa por tratamento para leucemia. “Quando soube das dificuldades enfrentadas pelo menino, que além de enfrentar a leucemia é portador da Síndrome de Down, procurei meus amigos e propus que montássemos um show para arrecadar fundos e ajudar a família”, diz o baterista Edu Garcia. Os bilhetes custam R$ 30 e toda renda do evento será destinada à causa.

Amanhã São Bernardo será tomada pelo projeto da prefeitura Sons do Fone, realizado na Chácara Silvestre (Avenida Wallace Simonsen, 1.800), das 12h às 18h. Não há cobranças de ingresso, mas quem quiser pode doar roupas em bom estado, e um quilo de alimento não perecíveis. Os itens serão destinadas ao Fundo Social de Solidariedade do município.

Principal atração é a banda veterana Korzus, formada em 1983 em São Paulo e dona de discos como Mass Illusion e Legion, entre outros. “A Secretaria de Cultura e Juventude cumpre com o seu papel de abrir espaço para bandas que dialoguem com o público jovem e dá andamento ao projeto Sons do Fone, que é fruto do diálogo da Pasta com os diversos segmentos culturais da cidade, em especial aqueles ligados à juventude”, afirma o secretário de Cultura e Juventude, Adalberto Guazzelli. Participam também os grupos Grinding Reaction, Reghency Blastrash, Reattor, Invokaos e Morfolk.

Em Santo André, amanhã, a céu aberto, a trilha também será roqueira com o evento Rolê na Rua (Rua Coronel Ortiz, 265), a partir das 11h. Também gratuito, tem na agenda espetáculos de Dois Barcos, War Industries, inc, Pedro Simples e Yabba Tutti, entre outros. Além disso, o público poderá contar com bazar, comidas de rua e tatuagens.

Diadema também tem agenda roqueira amanhã, no Container Pub Stop (Rua Orense, 60), às 15h, com as bandas One True Reason, Alto Nível de Insanidade e outros nomes. Os bilhetes custam R$ 5 e pede-se a doação de um agasalho para entidades carentes.

A programação segue o mês todo. Dia 20, os grupos Paura, Falange e Manger Cadavre tocam no 74 Club (Rua Itobi, 325), em Santo André. As entradas custam R$20.

Quem for ao Festival de Inverno de Paranapiacaba – dias 20, 21, 27 e 28 – poderá apreciar a Ocupação Rock, com exposições de Pri Secco e Chrys Clenched, e shows de grupos como Rhegency e Der Baum. Já a atividade multicultural Rock Fog Fest 2.0 contará com shows e lançamento de livro. 

Região conta com Coletivo para fomentar movimento

Desde 2015, quem vive a cena roqueira não caminha mais sozinho. Apenas se quiser. É que a região ganhou. com a união de parte da sociedade, o Coletivo Rock ABC. A sugestão é discutir questões ligadas a organização interna da cena roqueira da região e atuar de maneira mais orgânica e racional unindo em ações, projetos e eventos todos que, de alguma forma fazem parte da cadeia produtiva do rock.

Segundo Chrys Clenched, artista plástica e uma das organizadoras do grupo, o Coletivo conta hoje com 350 bandas. Isso sem contar em toda cadeia produtiva que forma o circuito: artistas plásticos e gráficos, jornalistas, radialistas, estúdios, tatuadores, grafiteiros, distribuidoras, técnicos, luthiers, produtores, lojas, distribuidoras, bares etc.

“Temos atuação nas sete cidades (da região) de todas as formas, desde shows até exposições de arte e fotografia. Temos núcleos onde pessoas articulam ações e buscam se unir e se organizar”, diz. Chrys explica que o trabalho do Coletivo vai muito além de organizar shows. “É pensar de maneira coletiva e participativa, junto às respectivas prefeituras da região, Governo do Estado de São Paulo e Federal políticas públicas que dialoguem com a complexa realidade local da cultura do rock”, explica.

Para a artista, após a criação do grupo – que se reúne semanalmente para debater projetos e ideias –, a região e a arte ganharam voz, espaço, oportunidades. Muitos nunca tiveram e chance de mostrar seus trabalhos.

TV tem grade dedicada ao gênero musical

Quem quiser curtir rock sem sair de casa também pode, porque na televisão também há comemoração. O Canal Brasil, por exemplo, exibe hoje, a partir das 19h, Raul – O Início, o Fim e o Meio, documentário assinado por Walter Carvalho, que conta com depoimentos de Caetano Veloso, Marcelo Nova, Paulo Coelho e Pedro Bial. Dia 20, às 19h, a emissora exibe Loki – Arnaldo Baptista, que trata da história do ex-Mutantes Arnaldo Baptista.

Hoje ainda, a partir das 21h30, o Canal Bis ilustra a grade com o documentário inédito Bad Reputation. A obra narra vida e carreira de Joan Jett, desde a fundação do The Runaways, sua lendária banda criada na década de 1970, até sua fase solo, a partir dos anos 1980.

<EM>O canal oferece ainda, por meio do Bis Play (globosatplay.globo.com/bis), e durante todo o mês de julho, o documentário Rock Royalty, sobre o The Rolling Stones, que explica como o grupo britânico se tornou um dos maiores nomes do rock.<TL>




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