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Comerciantes aguardam volta do Edifício Senador

Sete anos após desabamento que matou duas pessoas, prédio segue em reforma

Flávia Fernandes
Especial para o Diário
01/07/2019 | 07:00
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Banco de Dados


Comerciantes do entorno do Edifício Senador, localizado na Avenida Índico, 30, no Centro de São Bernardo, aguardam ansiosamente pela reabertura do prédio, que sofreu desabamento há sete anos, provocando a morte de duas pessoas e que continua em reforma até o momento. De acordo com eles, o imóvel – que contava com 74 salas comerciais – era o que gerava o fluxo de clientes para os estabelecimentos da vizinhança.

O proprietário de uma loja de acessórios eletrônicos na Avenida Índico, Marcelo Rosário, 39 anos, disse que a renda do comércio despencou com a interdição do prédio. “Nossa esperança é que o local volte a funcionar. Cerca de 80% da minha clientela diminuiu depois que fechou”, contou ele, que já está no ponto comercial há 12 anos.

Já o dono de estacionamento na mesma rua explicou que alguns comerciantes do entorno chegaram a fechar os estabelecimentos depois do desabamento. “Todos sentiram a queda do edifício. Tinha um restaurante do lado do prédio que fechou, teve que ir embora, porque não tinha mais como trabalhar. Todo mundo descia do prédio e comia lá”, afirmou Wilson Roberto, 64, que está há 20 anos no local. Segundo ele, o número de clientes do estacionamento também era maior quando o prédio funcionava. “Se eles terminassem logo (a obra) seria melhor para o comércio todo”, completou.

O prazo de reabertura do Edifício Senador era neste ano, no entanto, rumores pela vizinhança dão conta de que a expectativa é a de que a obra seja finalizada apenas em 2020.

Questionados sobre a reforma e prazo de entrega, a construtora Máximo Aldana e o síndico do local não quiseram comentar o assunto até o fechamento desta edição. Já a Prefeitura de São Bernardo informou, em nota, que “o empreendimento possui alvará de reforma válido até 2023”.

CASO
Na noite de 6 de fevereiro de 2012, parte das lajes do Edifício Senador, de 13 andares, desabou e levou à morte Júlia Moraes, 3, e a enfermeira Patrícia Alves Farias de Lima, 26. O IC (Instituto de Criminalística) confirmou que o desabamento ocorreu por problemas estruturais e o inquérito do Ministério Público foi arquivado em 2012. No ano seguinte, os proprietários do prédio optaram pela reforma e, em 2014, o valor do orçamento foi fixado em R$ 12 milhões, pago pelos condôminos. 




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