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Bicombustível cresce no mercado
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
06/05/2005 | 12:57
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Um dos maiores sucessos de mercado dos últimos anos, os veículos flexíveis (que podem ser abastecidos com gasolina e álcool em qualquer proporção) estão ampliando a sua presença: representaram 39% do total da comercialização de automóveis e comerciais leves no mercado interno no país. Foram 53.234 carros bicombustíveis vendidos em abril, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

A participação dos flexíveis cresce a cada mês neste ano. Em janeiro último, a fatia dos veículos com essa motorização era de 26,9%, em fevereiro, foi a 28,5% e no mês seguinte, alcançou 34,4%, com 50.230 unidades comercializadas. No acumulado do ano (janeiro a abril), já são 161,7 mil veículos flex fuel vendidos, ou 32,8% dos autos e comerciais leves vendidos. O volume de quatro meses já representa quase 50% do total de flexíveis comercializado em todo o ano passado (328.379 unidades).

O lançamento de carros de entrada bicombustíveis (populares, mais baratos) Gol 1.0, Uno e Palio também 1.0 ajudou a impulsionar o segmento. Mas além destes modelos, todas as quatro grandes montadoras já colocaram no mercado veículos bicombustíveis, para disputar a preferência do consumidor. São ao todo 24 modelos flex fuel oferecidos ao consumidor.

A Volkswagen, que foi a primeira a ingressar no segmento, em março de 2003, já dispõe do Fox, Gol, Parati, Polo Sedan e Saveiro bicombustíveis. A General Motors oferece hoje o motor flex nos seguintes modelos: Astra Hatch, Astra Sedan, Corsa Hatch, Corsa Sedan, Meriva, Montana e Zafira; a Fiat já lançou o Palio, o Palio Weekend, o Siena e o Uno flexíveis. A Ford ingressou em julho de 2004 e têm atualmente o Eco-Sport, o Fiesta e Fiesta Sedan.

“O flex caiu no agrado do brasileiro”, afirma o presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb. Ele acrescenta que o leque cada vez mais amplo de modelos lançados ajuda a explicar o fenômeno. O dirigente prefere não fazer previsões em relação à expansão desse mercado, mas salienta que já atrai a atenção de outros países.

Técnicos e executivos da China, Japão e os Estados Unidos já manifestaram o interesse em ter a tecnologia brasileira e estão visitando o Brasil para conhecer a produção do álcool e a motorização flexível. “Existe potencial grande não só para a exportação de veículos, mas para a venda da tecnologia que envolve desde o plantio até o maquinário (das usinas)”, diz Golfarb.



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